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unicef
12/12/2003
Relatório mostra que filhos de mães sem estudo têm mais chance de serem pobres

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) lança nesta quinta-feira um relatório sobre a situação da infância brasileira. O relatório mostra que crianças cujas mães têm baixa escolaridade têm quatro vezes mais possibilidade de ter que trabalhar do que as demais, sete vezes mais possibilidade de ser pobre, 22 vezes mais possibilidade de não freqüentar a escola, 16 vezes mais chance de morar em casa sem abastecimento de água e 23 vezes mais chance de não ser alfabetizada.

A situação das crianças negras é pior. Segundo o relatório, elas têm duas vezes mais chance de morar em casa sem abastecimento de água do que as crianças brancas, duas vezes mais chance de serem pobres e de não freqüentar a escola e três vezes mais chance de não serem alfabetizadas.

Já no relatório "Situação Mundial da Infância", o Brasil aparece em 93º lugar, melhorando apenas uma posição em relação ao ano passado (92º) entre 130 países no ranking do Unicef, no qual o 1º da lista é onde a situação das crianças é pior. O ranking é feito pelo índice de mortalidade até os cinco anos de idade. Apenas Guiana, Bolívia e Peru na América Latina têm uma colocação pior que a brasileira. O país onde a situação das crianças é a pior do mundo é Sierra Leoa e o melhor, a Suécia.

O foco do relatório é a igualdade da educação para meninos e meninas. No mundo, as meninas são a maioria fora da escola. No Brasil é o contrário. O país é citado por estar apresentando um problema maior de meninos deixando a escola, assim como em outros países da América Latina e também dos países desenvolvidos. Diz o relatório que a desigualdade de gênero contra os meninos começa a aparecer aos 10 anos, quando eles começam a abandonar a escola em uma taxa superior à das meninas. No Brasil, na faixa entre 15 e 17 anos, 19,2% dos meninos já deixaram a escola pelo menos uma vez, enquanto entre as meninas o índice é de 8,5%.

 


LISANDRA PARAGUASSÚ
De O Globo

   
 
 
 

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