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estudo
19/10/2004
Medo do desemprego atinge 72% dos recém - empregados

Pesquisa realizada pelo economista Márcio Pochmann, da Secretaria do Desenvolvimento, Trabalho e Solidariedade da Prefeitura de São Paulo, indica que 72,6% de 252 entrevistados recém-admitidos no mercado de trabalho paulistano temem a volta à condição de desempregados como o principal fator de insegurança após a obtenção do emprego.

A pesquisa ouviu 252 pessoas no município entre 13 e 30 de setembro e identificou que cerca de 40% das pessoas ouvidas são chefes de família e 63% do sexo feminino.

O próprio estudo ressalva que ainda não reflete de maneira representativa a complexidade das situações do mercado de trabalho paulistano, mas traz algumas informações coincidentes com as coletadas pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho.

Na pesquisa da Secretaria, 41,3% dos entrevistados informaram ter ficado desempregados em um período até seis meses enquanto outros 23% disseram ter ficado sem emprego entre sete e 12 meses.

A amostra indicou ainda que 49,2% dos trabalhadores são assalariados com registro em carteira e que 56% obtiveram o tipo de trabalho que gostariam ou esperavam.

No item “O impacto do emprego no modo de vida”, de respostas múltiplas, 49,2% dos entrevistados manifestaram aumentar os gastos com alimentação, por conta do novo emprego. Também 40,5% informaram ter elevado os gastos com contas de água, luz, gás ou tele fone.

O emprego também elevou a auto-estima de 83,7% dos entrevistados, enquanto 55,2% avaliaram melhora nos seus relacionamentos com familiares e amigos. Para a maioria desses recém-contratados, a preocupação profissional despertou o desejo de consumo de curto prazo de comprar casa ou apartamento (45%); cursar uma faculdade (30%); e pagar dívidas acumuladas (23,8%). “Tal fato revela a existência de uma potencial sociedade de consumo de massa e que vê nos estudos o principal mecanismo de ascensão social”, analisa Pochmann.

Outro dado levantado foi que mais da metade das pessoas que encontraram emprego no município de São Paulo ao longo deste ano contaram com a ajuda de algum conhecido. A indicação de um amigo ou parente foi o meio utilizado por 66,3% dos recém-empregados na cidade. Dentro desse grupo, 52,8% contaram com a indicação de amigos e 13,5% de parentes para encontrar emprego. “Esses dados mostram que a inserção no mercado de trabalho se dá pelas relações pessoais”, disse Pochmann. A pesquisa mostrou que as agências de emprego só funcionaram para 7,1% dos recém-empregados, em São Paulo.

 

As informações são do Panorama do Brasil.

   
 
 
 

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