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pesquisa
19/10/200
ONGs unem projetos aos Objetivos da ONU

A união entre as questões locais e os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio das Nações Unidas tem sido usada por diversas organizações da sociedade civil como método de trabalho. Elas têm adaptado, estendido e atualizado as metas propostas pela ONU de acordo com os problemas das regiões onde vivem. Essa foi uma das tendências detectadas em uma pesquisa com mais de 270 organizações da sociedade civil de 82 países — 9% delas são da América Latina.

O relatório, intitulado Engajamento da Sociedade Civil nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, foi elaborado pelo projeto "We the Peoples...", formado pelo North-South Institute e pela WFUNA (Federação Mundial das Associações das Nações Unidas).

Entre as entidades pesquisadas, 81,2% conheciam os Objetivos do Milênio. Dessas, 85,8% realizam atividades para ajudar a promover e a atingir esses Objetivos. A maioria delas (62%) trabalha com um Objetivo específico e 39% com eles como um todo. O tema que mais atrai projetos é o terceiro Objetivo, sobre a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres. Em segundo lugar, está o sobre a sustentabilidade ambiental.

O estudo apontou também que há diferentes percepções sobre os Objetivos de Desenvolvimento entre as regiões. Algumas entidades do Hemisfério Norte acreditam que os ODMs são uma promessa importante, mas que não conseguirão trazer mudanças. Outras dizem que mudanças mais radicais precisam ser feitas.

No Hemisfério Sul, há uma tendência de dividir o mundo entre "nós" (os países em desenvolvimento) e "eles" (os desenvolvidos) e de acreditar que a separação entre esses dois mundos é muito grande. Muitas entidades do Sul reclamaram que os passos dos Objetivos são decididos somente pelos países ricos. Outras, também do Sul, não acreditam que os Objetivos possam ser atingidos no prazo estabelecidos, mas estão otimistas quanto a importância das mudanças que podem ser alcançadas. Tanto no Hemisfério Sul quanto no Norte muitas entidades estão impacientes e pedem mais ações específicas.

Apenas 8% das organizações consultadas acreditam que os ODMs serão atingidos no prazo em seus países — 62% dos participantes duvidam que isso aconteça. Quase a metade das organizações, 46%, respondeu que o PNUD é a sua principal ligação com as Nações Unidas. Apesar disso, 75,8% disseram que a agência não os consultou na hora de formular os relatórios sobre os progressos de seus países em relação aos Objetivos.

A cobertura da mídia sobre os Objetivos do Milênio também foi avaliada pelas organizações consultadas. Mais da metade (54,1%) das entidades considera o trabalho da mídia sobre o assunto limitado; 24,5% dizem que essa cobertura não existe em seus países, 16,4% afirmaram que a mídia faz um bom trabalho e apenas 5% consideram a cobertura excelente.

A pesquisa apontou que as organizações defendem mais campanhas de informação sobre os Objetivos. Há também uma preocupação sobre a distribuição da renda gerada com o desenvolvimento e uma crença de que questões sobre direitos humanos precisam estar em futuros planos e metas. Além disso, as práticas de transparência e boa governança, além das necessidades de idosos, deficientes, indígenas e refugiados precisam ser cobertas pelos Objetivos.

As informações são do site PNUD Brasil.

   
 
 
 

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