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troca de conhecimento
21/02/2005
Evento estimula soluções articuladas para o desenvolvimento

Um estudo realizado pelos institutos Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgado no fim do ano passado revelou que, em 2002, existiam no país 275,8 mil fundações privadas e associações sem fins lucrativos. Um crescimento de 157% em relação à última pesquisa realizada em 1996. O súbito crescimento dessas instituições levou o Banco Mundial (Bird) a organizar o encontro Diálogo de Fundações, Redes Sociais e o Governo Brasileiro, entre os dias 21 e 23 deste mês, em Brasília, para que seus interesses comuns sejam discutidos pela primeira vez no país. O evento "Diálogo de Fundações" é o resultado de uma parceria entre o Banco Mundial e o European Foundation Centre, iniciada no ano passado na Tailândia.

O encontro no Brasil (uma parceria entre a Fundação Banco do Brasil, o Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (Gife), a Fundação Avina, a Articulação no Semi-árido Brasileiro e o Grupo de Trabalho Amazônico), promoverá o debate entre fundações nacionais e internacionais, o governo federal e as principais redes sociais que operam no país, para que as ações empreendidas por cada instituição sejam de conhecimento de todas.

“O objetivo é criar um espaço democrático e participativo para a troca de conhecimento e experiências entre as redes sociais, as fundações, o governo e o Banco Mundial, visando ao fortalecimento da agenda de desenvolvimento brasileira”, explica Zezé Weiss, especialista em desenvolvimento social e sociedade civil do Bird. Segundo ela, as discussões do Diálogo estão centradas em quatro áreas temáticas de interesse de todos os parceiros: “inclusão social”, “juventude”, “Amazônia” e “Nordeste”.

Otimizar recursos
Participarão do evento cerca de 25 fundações internacionais, além de 23 instituições que participam do Gife como as fundações Abrinq, Roberto Marinho, Vale do Rio Doce e Kellogg, e os institutos Ayrton Senna e Embraer. Diante da importância estratégica do encontro, integrantes do primeiro escalão do governo federal confirmaram presença, como Luiz Dulci, secretário geral da presidência; a ministra Marina Silva, do Meio Ambiente; Jaques Wagner, secretário especial do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social; e Luiz Gushiken, secretário de Comunicação de Governo e Gestão Estratégica.

“Iniciativas como essa merecem todo o apoio porque estão inseridas em um projeto maior que é a superação da pobreza”, disse Luiz Gushiken ao Cidadania-e. “Os problemas da realidade brasileira somente serão combatidos de forma eficaz a partir do fortalecimento e da integração, em rede, dos diversos atores comprometidos com o desenvolvimento social”, conclui. Para Jaques Wagner, o evento pode evitar a superposição de propostas e investimentos, otimizar os recursos em projetos prioritários e estimular maior sinergia em relação à criação de alternativas no combate às desigualdades sociais. “A troca de idéias e de experiências bem-sucedidas, desenvolvidas no país e no exterior, refletirá a importância da participação da sociedade nas políticas públicas. Ao mesmo tempo, a convivência dos organismos estrangeiros com a realidade brasileira proporciona maior visibilidade sobre a atuação do governo brasileiro na área social”, opina.

Fundação Banco do Brasil vai apresentar proposta da Rede de Tecnologias Sociais
Convidada pelo próprio Bird para ajudar na organização do encontro, a Fundação Banco do Brasil discute a possibilidade de debater a ampliação da cooperação com fundações estrangeiras desde o ano passado. O presidente Jacques Pena diz que “o papel da Fundação é apresentar projetos e tecnologias às organizações estrangeiras no sentido de viabilizar a ampliação dessas ações ou o surgimento de novas idéias apoiadas pelas fundações internacionais”. Entre as propostas a serem apresentadas, Pena destaca tecnologias sociais como as mandalas, as barraginhas e as cadeias produtivas do caju e da apicultura, entre outras, além da Rede de Tecnologias Sociais.

“A Rede é uma possibilidade de ampliação de parcerias. Permite que instituições brasileiras que a integram estabeleçam parcerias com as entidades que estão vindo para o Diálogo. As políticas estruturais do Fome Zero, os programas de geração de trabalho e renda, de educação e os voltados para a juventude poderão ter aderência com os estrangeiros e desenvolver boas políticas de participação”, avalia Pena.

Para Zezé Weiss, do Bird, o governo brasileiro tem feito um grande esforço para estimular as ações que levam ao desenvolvimento do Brasil. A presença massiva de técnicos da área social do governo nesse evento demonstra o compromisso e o interesse em desenvolver o país. “O Brasil possui uma gama imensa de experiências bem-sucedidas de desenvolvimento, mas essas ações estão fragmentadas e coordená-las é um grande desafio. O governo federal não tem um mapa dessas ações; a sociedade civil também não”, pondera Zezé. “A Fundação Banco do Brasil realizou um importante esforço nesse sentido, por meio do Banco de Tecnologias Sociais. Identificar essas experiências e multiplicá-las é o desafio principal para o desenvolvimento no Brasil”, aponta.

Fernando Rossetti, diretor do Gife, lembra que a resolução dos problemas sociais brasileiros passa, necessariamente, pela articulação entre os diferentes atores desta área. “É freqüente ter um projeto focado em determinada população que percebe que não conseguirá resolver a questão sem se articular com outros setores”, observa. “Esta articulação, o trabalho com parcerias e alianças, é também bastante complexo, pois envolve instituições e pessoas com repertórios e culturas muito diversas. Daí a necessidade de promover eventos como este Diálogo”, ressalta.


AMANDA VIEIRA
IVAN KASAHARA
do site da Fundação Banco so Brasil

   
 
 
 

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