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cultura
22/07/2005
São Paulo abriga escola pública de iniciação artística

Carolina Lopes

Passar mais de quatro horas numa escola de iniciação artística usualmente é privilégio dos filhos da elite. Mas há em São Paulo, em meio a uma imensa área verde – Parque Lina e Paulo Raia -, uma escola assim, totalmente gratuita. É a Escola Municipal de Iniciação Artística (Emia). Não é obrigatória nem vinculada ao sistema de educação do município, mas sim à Secretaria Municipal da Cultura. O método é próprio e as aulas são bem mais procuradas do que a temida matemática e o português. Divididas em quatro linguagens, a grade curricular se divide entre artes plásticas, música, teatro e dança.

São 58 professores fomentando arte para 1200 alunos de todas as regiões do município. Como a procura é maior do que a capacidade de atendimento, há um processo seletivo, realizado por sorteio. A assistente administrativa e social da escola, Lenira Maria Ramos, informa que tem tido uma procura excedente de 300 vagas para a iniciação na escola, com capacidade para apenas 50 nesta fase. As inscrições são feitas sempre em novembro.

O aluno que chega tem cinco anos. É a fase em que lhe serão apresentadas as quatro linguagens artísticas. Conforme a criança vai crescendo, se houver interesse, ela vai se especializando em uma modalidade, ao mesmo tempo em que a carga horária de estudo vai aumentando. Doze anos é a idade máxima da criança na escola, que, quando apresenta habilidades artísticas especiais é encaminhada para espaços profissionais de arte. Lenira conta que são diversos os casos de alunos que saem da Emia e vão direto para as escolas profissionalizantes para seguir carreira, inclusive com alguns exemplos em projeção internacional.

Para os alunos que não chegam a conseguir entrar na escola há um sistema de cursos “extra curriculares”. Ou seja, a criança não passará pelo processo de iniciação artística, mas terá oficinas de determinada modalidade. A mais procuradas é a de música. A idade também é diferenciada: de 7 a 18 anos e também para os pais inscritos no curso de iniciação. Assim, a comunidade também interage com a escola.

A experiência não é recente. A Emia foi fundada em 1.980. Na época era uma escola exclusivamente de música. Durante a prefeitura de Mário Covas (1983-1985) é que ganhou o perfil interdisciplinar.

Leia relato de uma ex-aluna

   
 
 
 
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