REFLEXÃO

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RADAR DO MUNDO
02/10/2007

NY estimula a leitura dentro das prisões

  Sofia Ussami

O Projeto de Encorajamento à Leitura para Presidiários já doou mais de 50.000 livros para prisões de Nova York. Em atividade desde 2000, o PREP (sigla do nome do projeto em inglês) é uma organização sem fins lucrativos que busca propiciar oportunidades de educação aos presos por meio do contato com a literatura e conscientizar a sociedade da importância de programas educacionais nessas instalações.

O projeto funciona por meio de doações de livros ou dinheiro, vindas principalmente de donos de livrarias e estabelecimentos de ensino como escolas e universidades. Com a ajuda de voluntários, os livros recebidos são cadastrados e as bibliotecas dos presídios escolhem por quais obras se interessam. Só em 2006, 6.833 livros foram enviados às prisões nova-iorquinas.

O programa também promove concursos de redação entre os presos, para que estes possam desenvolver suas habilidades de escrita, com prêmios como livros especiais ao primeiro colocado. Os concursos têm um tema geral, baseado ou em datas comemorativas como o Dia dos Pais ou em assuntos que tenham ligação com a realidade em que os participantes vivem, por exemplo, o tema “O significado da liberdade”.

Ao longo do tempo, o PREP tem se ramificado em vários outros projetos, como o Viagem das Palavras. Neste, os presos podem gravar suas leituras de livros infantis e mandá-las para seus filhos por meio de uma fita. A iniciativa, além de estreitar os laços entre as crianças e seus pais enquanto estes se encontram na prisão, também desperta a curiosidade infantil pelos livros.

No Brasil
No Brasil, existe um projeto similar ao PREP chamado Sala de Leitura. Concebido pelo Instituto Oldemburg de Desenvolvimento em parceria com o grupo editorial Record e o Ministério da Cultura, o programa também tem como objetivo estimular a leitura nas penitenciárias visando à inclusão social. Sempre é recebido com entusiasmo e atende inclusive às solicitações dos próprios detentos, que mandavam cartas pedindo doações de livros. Criado em 2003 e idealizado por Cristina Oldemburg, a iniciativa vai além disso, já que instala verdadeiras salas de leituras, tendo já ultrapassado o número de 400 núcleos em casas de detenção, escolas, hospitais e outras instituições públicas.

A maior parte dos recursos utilizados no projeto parte da iniciativa privada, através da Lei Rouanet. Por meio deles, nos próximos meses mais 20 salas serão inauguradas em diferentes Estados do país. A última inauguração foi no dia 27, quinta-feira, em Minas Gerais, no presídio de Ribeirão das Neves e numa casa de ressocialização de jovens em Belo Horizonte.
Sofia Ussami, aluna do 2º ano do ensino médio, do Colégio Bandeirantes - sofia_ussami@hotmail.com

   
Apresentação

O Radar do Mundo é produzido pelo projeto Idade Mídia do ensino médio do Colégio Bandeirantes, de São Paulo, desenvolvido pelos jornalistas Alexandre Sayad e Gilberto Dimenstein, que mistura o mundo da educação ao da comunicação (a chamada educomunicação). Em uma sociedade em que a informação está presente na vida dos jovens durante todo o tempo, a educação tem a necessidade de acompanhar essas novas demandas.

 
 
 

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