O Projeto
de Encorajamento à Leitura para Presidiários
já doou mais de 50.000 livros para prisões de
Nova York. Em atividade desde 2000, o PREP (sigla do nome
do projeto em inglês) é uma organização
sem fins lucrativos que busca propiciar oportunidades de educação
aos presos por meio do contato com a literatura e conscientizar
a sociedade da importância de programas educacionais
nessas instalações.
O projeto funciona por meio de doações de livros
ou dinheiro, vindas principalmente de donos de livrarias e
estabelecimentos de ensino como escolas e universidades. Com
a ajuda de voluntários, os livros recebidos são
cadastrados e as bibliotecas dos presídios escolhem
por quais obras se interessam. Só em 2006, 6.833 livros
foram enviados às prisões nova-iorquinas.
O programa também promove concursos de redação
entre os presos, para que estes possam desenvolver suas habilidades
de escrita, com prêmios como livros especiais ao primeiro
colocado. Os concursos têm um tema geral, baseado ou
em datas comemorativas como o Dia dos Pais ou em assuntos
que tenham ligação com a realidade em que os
participantes vivem, por exemplo, o tema “O significado
da liberdade”.
Ao longo do tempo, o PREP tem se ramificado em vários
outros projetos, como o Viagem das Palavras. Neste, os presos
podem gravar suas leituras de livros infantis e mandá-las
para seus filhos por meio de uma fita. A iniciativa, além
de estreitar os laços entre as crianças e seus
pais enquanto estes se encontram na prisão, também
desperta a curiosidade infantil pelos livros.
No Brasil
No Brasil, existe um projeto similar ao PREP chamado Sala
de Leitura. Concebido pelo Instituto Oldemburg de Desenvolvimento
em parceria com o grupo editorial Record e o Ministério
da Cultura, o programa também tem como objetivo estimular
a leitura nas penitenciárias visando à inclusão
social. Sempre é recebido com entusiasmo e atende inclusive
às solicitações dos próprios detentos,
que mandavam cartas pedindo doações de livros.
Criado em 2003 e idealizado por Cristina Oldemburg, a iniciativa
vai além disso, já que instala verdadeiras salas
de leituras, tendo já ultrapassado o número
de 400 núcleos em casas de detenção,
escolas, hospitais e outras instituições públicas.
A maior parte dos recursos utilizados no projeto parte da
iniciativa privada, através da Lei Rouanet. Por meio
deles, nos próximos meses mais 20 salas serão
inauguradas em diferentes Estados do país. A última
inauguração foi no dia 27, quinta-feira, em
Minas Gerais, no presídio de Ribeirão das Neves
e numa casa de ressocialização de jovens em
Belo Horizonte.
Sofia Ussami,
aluna do 2º ano do ensino
médio, do Colégio Bandeirantes -
sofia_ussami@hotmail.com
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