REFLEXÃO

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RADAR DO MUNDO
06/08/2007

Second Life passa a integrar vidas estudantis pelo planeta

  Marina Maluf

O Second Life (SL), programa virtual em 3D que cresce desde 2003, quando foi criado, tem expandido o seu alcance. Projeto inovador, funciona como um mundo paralelo que existe somente no computador, o qual simula a vida real e possui suas próprias regras, população e até mesmo uma economia. Movimenta milhões de dólares por mês, englobando mais de sete milhões de avatares (nome dado aos residentes do universo). A novidade é que, recentemente, grande parte dos usuários do programa passou a ser composta por estudantes, de várias partes do globo, os quais participam com o intuito de acelerar e tornar mais completo e satisfatório seu aprendizado.

A utilização do Second Life para meios educacionais representa um avanço, pois difere daquilo que antes era o mais comum na internet: os cursos tradicionais online. O programa 3D é mais capaz de incentivar a participação do aluno, por causa de toda a interação que ocorre entre os usuários. Além disso, o mundo virtual consegue fornecer uma sensação mais humana ao processo. Escolas, campi de universidades e cidades inteiras são construídos para facilitar a adaptação do aluno-usuário. Em alguns casos, ele encontra-se com seus professores em escritórios, bares ou até mesmo clubes, todos construídos com detalhes e muita fidelidade para com os ambientes de nossa First Life, a vida real.

Um exemplo, é a escola de idiomas LanguageLab, situada em Londres, que construiu uma ilha para seus pupilos no programa. Cobrando preços semelhantes aos que estamos acostumados a pagar em escolas de concreto e tijolos de verdade, ela torna possível o uso do VoIP no SL. Essa tecnologia, “voz sobre IP” (VoIP), permite que se ouça o outro usuário falar em freqüências acústicas mais diversas. Isso é considerado necessário quando se aprende um idioma, para que a habilidade de pronúncia e entendimento da pessoa não seja prejudicada. Além disso, as vozes também são em 3D, o que significa que se ouve mais alto as pessoas mais próximas, como acontece fora da tela.

Muitos nomes consagrados também querem uma parte do sucesso desse mundo virtual. São os casos de universidades norte-americanas como Harvard e Berkeley, da inglesa Oxford e da francesa Insead (a primeira), entre inúmeras outras. As instituições aproveitam o uso do SL para somar a seu nome um significado mais inovador e ousado.

No Brasil, as faculdades também não ficaram para trás e deram partida em iniciativas educacionais baseadas no software. As Universidades Mackenzie e Anhembi Morumbi ainda não começaram a ministrar cursos, mas já preparam o território para que o SL possa fazer parte de suas grades. Atualmente, estão num processo de preparação dos docentes e criação de seus primeiros espaços no programa. Outras já estão mais adiantadas no processo: USP, PUC e Senac concretizam, neste mês, projetos maiores. O Senac já disponibiliza cinco cursos relacionados a esse mundo virtual.

Ainda não somos capazes de analisar o quanto o Second Life poderá de fato contribuir para o processo de aprendizagem, mas é sem dúvida uma etapa obrigatória enquanto ainda se descobre o universo virtual como sendo uma via para o conhecimento.
Marina Maluf, aluna do 2º ano do ensino médio, do Colégio Bandeirantes - ninamaluf@gmail.com

   
Apresentação

O Radar do Mundo é produzido pelo projeto Idade Mídia do ensino médio do Colégio Bandeirantes, de São Paulo, desenvolvido pelos jornalistas Alexandre Sayad e Gilberto Dimenstein, que mistura o mundo da educação ao da comunicação (a chamada educomunicação). Em uma sociedade em que a informação está presente na vida dos jovens durante todo o tempo, a educação tem a necessidade de acompanhar essas novas demandas.

 
 
 

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