Abrinq
cobra mais investimentos sociais das empresas
Rodrigo Zavala
Equipe GD
A Fundação
Abrinq ampliou seus critérios de adesão ao programa
Empresa Amiga da Criança. Agora, para garantir o selo, além
de não utilizar mão-de-obra infantil na confecção
de seus produtos e investir em projetos sociais, as empresas devem
fornecer creches para os filhos de funcionários, orientar
as funcionárias gestantes sobre o acompanhamento pré-natal
e amamentação, inibir que seus fornecedores estejam
em desacordo com a lei de trabalho infantil e verificar a assiduidade
escolar dos filhos dos funcionários.
Segundo o presidente
da Abrinq, Hélio Mattar, as empresas podem fazer mais do
que apenas não contratar crianças para trabalhar.
"Os novos critérios exigem uma consciência maior
do empresário que utiliza nosso selo como um indicador de
estímulo social",explica.
Outra mudança
importante é o estímulo ao apoio aos Fundos de Direitos
da Criança e do Adolescente, com 1% do Imposto de Renda devido.
Esses fundos são vinculados aos Conselhos Municipais dos
Direitos da Criança instituídos com a implantação
do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).
Para Oded Grajew,
fundador da Abrinq e presidente do Instituto Ethos de Responsabilidade
Social das Empresas, que participou da divulgação
dos novos parâmetros, as novas medidas são perfeitamente
cabíveis e muitas empresas já praticam essas ações.
"As empresas
já perceberam que os consumidores dão importância
aos trabalhos sociais na hora de escolher um produto, por isso investem
mais em sua imagem. Aquelas que ainda estão de braços
cruzados vão perder terreno", alerta Grajew.
As empresas
que já possuíam o selo terão um ano para se
encaixar aos novos parâmetros. A mensagem é clara:
quem não acompanhar a evolução das práticas
sociais das empresas brasileiras e não assumir mais responsabilidades
não será mais reconhecido como Empresa Amiga da Criança
e deverá retirar o selo de seus produtos.
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