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02/05/2006
-
09h18
da Folha de S.Paulo
Politicamente, o decreto da nacionalização promulgado ontem sela o distanciamento do presidente Evo Morales de seu colega brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, e reforça o alinhamento da Bolívia com a Venezuela de Hugo Chávez, em menor escala, com a Cuba de Fidel Castro.
Lula, que se declarou publicamente duas vezes a favor de Morales durante a campanha --gerando críticas dos adversários do socialista--, viu frustrados os esforços de negociação com o governo boliviano tanto pela via diplomática quanto pela Petrobras.
No dia 17 de abril, o ministro boliviano dos Hidrocarbonetos, Andrés Soliz Rada, esteve no Rio para se reunir com o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli. O encontro terminou sem avanços significativos. Na semana passada, foi a vez de o secretário-geral do Itamaraty, embaixador Samuel Guimarães, ir a La Paz para se encontrar com representantes do governo boliviano. A visita encaminhou apenas algumas propostas de colaboração brasileiras, que correm o risco de serem abortadas a partir da crise aberta ontem.
Para piorar, as constantes criticas do governo contra a Petrobras e a siderúrgica EBX fizeram com que o Brasil se transformasse no "principal vilão" do país, na definição de um diplomata brasileiro.
Já com Chávez e Fidel, com quem Morales assinou um tratado de comércio no último fim de semana, o alinhamento é praticamente total, sobretudo nas críticas de La Paz e Caracas contra Peru e Colômbia por causa da assinatura de tratados de comércio com os Estados Unidos. A crise praticamente enterrou a Comunidade Andina de Nações.
O decreto de Morales assinado ontem tem semelhanças com medidas adotadas por Chávez, como o aumento de impostos e a participação da estatal PDVSA como sócia dos campos de petróleo. A maioria das multinacionais aceitou essas condições.
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Politicamente, o decreto da nacionalização promulgado ontem sela o distanciamento do presidente Evo Morales de seu colega brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, e reforça o alinhamento da Bolívia com a Venezuela de Hugo Chávez, em menor escala, com a Cuba de Fidel Castro.
Lula, que se declarou publicamente duas vezes a favor de Morales durante a campanha --gerando críticas dos adversários do socialista--, viu frustrados os esforços de negociação com o governo boliviano tanto pela via diplomática quanto pela Petrobras.
No dia 17 de abril, o ministro boliviano dos Hidrocarbonetos, Andrés Soliz Rada, esteve no Rio para se reunir com o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli. O encontro terminou sem avanços significativos. Na semana passada, foi a vez de o secretário-geral do Itamaraty, embaixador Samuel Guimarães, ir a La Paz para se encontrar com representantes do governo boliviano. A visita encaminhou apenas algumas propostas de colaboração brasileiras, que correm o risco de serem abortadas a partir da crise aberta ontem.
Para piorar, as constantes criticas do governo contra a Petrobras e a siderúrgica EBX fizeram com que o Brasil se transformasse no "principal vilão" do país, na definição de um diplomata brasileiro.
Já com Chávez e Fidel, com quem Morales assinou um tratado de comércio no último fim de semana, o alinhamento é praticamente total, sobretudo nas críticas de La Paz e Caracas contra Peru e Colômbia por causa da assinatura de tratados de comércio com os Estados Unidos. A crise praticamente enterrou a Comunidade Andina de Nações.
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