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03/10/2002
-
07h38
da Folha Online
A inflação do município de São Paulo ficou em 0,76% no mês de setembro, segundo o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) calculado pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).
Essa taxa é superior à última previsão feita pelo coordenador de pesquisa do IPC-Fipe, Heron do Carmo, que esperava inflação em torno de 0,60% para o mês.
Na primeira prévia de setembro, o IPC ficou em 0,99%; na segunda, em 0,89%; e na terceira, em 0,73%.
Há um ano, o indicador de setembro de 2001 havia ficado em 0,32%. Já em agosto passado, o IPC atingiu 1,01%, maior índice mensal registrado em São Paulo desde agosto de 2001, quando a inflação atingiu 1,15%. Essa alta refletiu o reajuste de preços de serviços administrados, como luz e telefonia.
Para setembro, Heron do Carmo projetava, inicialmente, inflação de 0,30%, já que não estavam previstos aumentos de preços de serviços administrados no mês.
A trajetória do câmbio e aumentos sazonais, no entanto, levaram o economista a rever a projeção de inflação para o mês. A alta do dólar tem causado impacto, principalmente, nos preços dos alimentos industrializados.
A maior alta entre os grupos de produtos e serviços pesquisados em setembro foi justamente dos alimentos, de 1,42%. Por outro lado, o segmento educação teve deflação de 0,09%.
Os demais grupos apresentaram as seguintes variações: habitação (0,87%); transportes (0,24%); despesas pessoais (0,7%); saúde (0,17%); e vestuário (0,43%).
Alguns reajustes de preços promovidos em setembro, como o de 6,25% no serviço de telefonia da BCP em São Paulo, que entrou em vigor no último dia 30, só deverão ter impacto no índice de inflação a partir do próximo mês.
As duas elevações no gás de cozinha para consumidores comerciais e industriais, que somam mais de 11%, anunciadas nas últimas semanas de setembro pela Petrobras, só refletirão no índice em outubro. Isso se os industriais repassarem esse aumento para o consumidor final.
O IPC-Fipe é calculado com base na variação de preços de produtos e serviços usualmente consumidos por famílias com renda mensal entre 1 e 20 salários mínimos.
Alimentos pressionaram alta do IPC-Fipe em setembro
IVONE PORTES
da Folha Online
Dos trinta itens que mais pressionaram a inflação de setembro, 16 estavam relacionados à alimentação.
Da taxa de 0,76% registrada pelo IPC-Fipe (Índice de Preços ao Consumidor) no mês passado, 0,30 ponto percentual veio de 16 produtos alimentares, com destaque para o frango (7,94% de alta), arroz (6,18% de alta), óleo de soja (10,74%), tomate (12,52%) e pão francês (1,80%). Somente esses cinco itens foram responsáveis por um peso de 0,21 ponto percentual no IPC de setembro.
Os 30 produtos que mais subiram segundo o cálculo da Fipe contribuíram com peso de 0,75 ponto percentual na taxa do mês.
O grupo alimentação foi o que mais subiu no mês passado, registrando alta de 1,42% e contribuindo com peso de 0,322 ponto percentual no índice.
O aumento do preço dos alimentos, segundo o economista da Fipe Heron do Carmo, está relacionado ao avanço do dólar e do preço das commodities agrícolas.
Os serviços administrados, no entanto, continuaram apresentando peso significativo no índice, de 0,23 ponto percentual, com destaque para água/esgoto, que subiu 6,19%, e luz, que avançou 2,48%.
Em contrapartida, os alimentos foram destaque também entre os dez produtos que mais puxaram o índice para baixo. Destes, seis são produtos alimentares, com destaque para batata e feijão, que caíram 16,56% e 5,58%, respectivamente.
O economista da Fipe explicou que a redução no preço desses produtos se deve à compensação de aumentos significativos registrados anteriormente.
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Inflação em São Paulo fica em 0,76% em setembro, indica o IPC-Fipe
IVONE PORTESda Folha Online
A inflação do município de São Paulo ficou em 0,76% no mês de setembro, segundo o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) calculado pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).
Essa taxa é superior à última previsão feita pelo coordenador de pesquisa do IPC-Fipe, Heron do Carmo, que esperava inflação em torno de 0,60% para o mês.
Na primeira prévia de setembro, o IPC ficou em 0,99%; na segunda, em 0,89%; e na terceira, em 0,73%.
Há um ano, o indicador de setembro de 2001 havia ficado em 0,32%. Já em agosto passado, o IPC atingiu 1,01%, maior índice mensal registrado em São Paulo desde agosto de 2001, quando a inflação atingiu 1,15%. Essa alta refletiu o reajuste de preços de serviços administrados, como luz e telefonia.
Para setembro, Heron do Carmo projetava, inicialmente, inflação de 0,30%, já que não estavam previstos aumentos de preços de serviços administrados no mês.
A trajetória do câmbio e aumentos sazonais, no entanto, levaram o economista a rever a projeção de inflação para o mês. A alta do dólar tem causado impacto, principalmente, nos preços dos alimentos industrializados.
A maior alta entre os grupos de produtos e serviços pesquisados em setembro foi justamente dos alimentos, de 1,42%. Por outro lado, o segmento educação teve deflação de 0,09%.
Os demais grupos apresentaram as seguintes variações: habitação (0,87%); transportes (0,24%); despesas pessoais (0,7%); saúde (0,17%); e vestuário (0,43%).
Alguns reajustes de preços promovidos em setembro, como o de 6,25% no serviço de telefonia da BCP em São Paulo, que entrou em vigor no último dia 30, só deverão ter impacto no índice de inflação a partir do próximo mês.
As duas elevações no gás de cozinha para consumidores comerciais e industriais, que somam mais de 11%, anunciadas nas últimas semanas de setembro pela Petrobras, só refletirão no índice em outubro. Isso se os industriais repassarem esse aumento para o consumidor final.
O IPC-Fipe é calculado com base na variação de preços de produtos e serviços usualmente consumidos por famílias com renda mensal entre 1 e 20 salários mínimos.
Alimentos pressionaram alta do IPC-Fipe em setembro
IVONE PORTES
da Folha Online
Dos trinta itens que mais pressionaram a inflação de setembro, 16 estavam relacionados à alimentação.
Da taxa de 0,76% registrada pelo IPC-Fipe (Índice de Preços ao Consumidor) no mês passado, 0,30 ponto percentual veio de 16 produtos alimentares, com destaque para o frango (7,94% de alta), arroz (6,18% de alta), óleo de soja (10,74%), tomate (12,52%) e pão francês (1,80%). Somente esses cinco itens foram responsáveis por um peso de 0,21 ponto percentual no IPC de setembro.
Os 30 produtos que mais subiram segundo o cálculo da Fipe contribuíram com peso de 0,75 ponto percentual na taxa do mês.
O grupo alimentação foi o que mais subiu no mês passado, registrando alta de 1,42% e contribuindo com peso de 0,322 ponto percentual no índice.
O aumento do preço dos alimentos, segundo o economista da Fipe Heron do Carmo, está relacionado ao avanço do dólar e do preço das commodities agrícolas.
Os serviços administrados, no entanto, continuaram apresentando peso significativo no índice, de 0,23 ponto percentual, com destaque para água/esgoto, que subiu 6,19%, e luz, que avançou 2,48%.
Em contrapartida, os alimentos foram destaque também entre os dez produtos que mais puxaram o índice para baixo. Destes, seis são produtos alimentares, com destaque para batata e feijão, que caíram 16,56% e 5,58%, respectivamente.
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