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01/10/2003
-
11h32
EDUARDO CUCOLO
da Folha Online
O Brasil está ficando para trás em relação às maiores economias do mundo. Segundo estudo da consultoria Global Invest, o país deve perder este ano três posições no ranking que mede a soma das riquezas (PIB) dos países e amargar a colocação de 15ª economia mundial, caso seja confirmada a previsão de crescimento abaixo de 1%.
Em 1998, o país ocupava a 8ª posição no ranking, mas nos últimos cinco anos foi ultrapassado por Canadá, Espanha (em 1999); México (em 2001); Coréia do Sul (em 2002); e agora deve perder posições para Holanda, Índia e Austrália.
Segundo o economista Alexsandro Agostini, um dos responsáveis pelo levantamento, a queda do Brasil no ranking se deve ao baixo crescimento da economia nestes anos --uma média de 1,49% ao ano-- e à desvalorização do real frente ao dólar, já que o valor do PIB é convertido de uma moeda para outra na hora da comparação.
Ele afirmou que os números derrubam o mito de que o Brasil seria a 8ª ou 10ª economia do mundo. "O Brasil foi o país que mais perdeu posições no ranking", disse Agostini.
Crescimento "pífio"
A estimativa para 2003 --a maior queda no ranking no período estudado-- está baseada nos dados do PIB brasileiro no primeiro semestre do ano divulgados ontem pelo IBGE, de R$ 711 bilhões, e na estimativa de que as somas das riquezas no ano cheguem a US$ 467 bilhões. Em 1998, o PIB era de US$ 788 bilhões.
"Em 2003, o cenário permite projetar um crescimento pífio da economia, que é insuficiente para acompanhar o desempenho dos demais países", afirmou.
O peso da economia brasileira entre os 15 maiores PIBs do mundo caiu quase pela metade neste período, segundo o levantamento, passando de 3,3%, em 1998, para 1,7% em 2003.
Nestes anos, o país sofreu com uma série de crises internas e externas, que contribuíram para drenar as riquezas do país. Mesmo com a desvalorização do real em 1999, o país ainda conseguia se manter entre as dez maiores economias. Mas a redução do crescimento, agravada pelo racionamento de energia e efeitos da crise argentina, além das seguidas desvalorizações do real a partir de 2001, fizeram com que o país fosse ultrapassado no ranking.
Segundo ele, para voltar ao grupo das dez maiores economias, o Brasil teria de crescer a taxas de 3,5% ao ano e ainda contar com uma valorização da moeda.
EUA
Um exemplo de país que seguiu uma trajetória totalmente oposta à do Brasil é a China, que em 1998 estava apenas uma posição na frente (7ª), se manteve entre o 6º e 7º lugar nos anos seguintes, mas para sustentar a posição cresceu o equivalente a um PIB brasileiro.
A maior potência mundial continua sendo os EUA, que viram suas riquezas crescerem de US$ 8,7 trilhões para US$ 10,9 trilhões no período.
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da Folha Online
O Brasil está ficando para trás em relação às maiores economias do mundo. Segundo estudo da consultoria Global Invest, o país deve perder este ano três posições no ranking que mede a soma das riquezas (PIB) dos países e amargar a colocação de 15ª economia mundial, caso seja confirmada a previsão de crescimento abaixo de 1%.
Em 1998, o país ocupava a 8ª posição no ranking, mas nos últimos cinco anos foi ultrapassado por Canadá, Espanha (em 1999); México (em 2001); Coréia do Sul (em 2002); e agora deve perder posições para Holanda, Índia e Austrália.
Segundo o economista Alexsandro Agostini, um dos responsáveis pelo levantamento, a queda do Brasil no ranking se deve ao baixo crescimento da economia nestes anos --uma média de 1,49% ao ano-- e à desvalorização do real frente ao dólar, já que o valor do PIB é convertido de uma moeda para outra na hora da comparação.
Ele afirmou que os números derrubam o mito de que o Brasil seria a 8ª ou 10ª economia do mundo. "O Brasil foi o país que mais perdeu posições no ranking", disse Agostini.
Crescimento "pífio"
A estimativa para 2003 --a maior queda no ranking no período estudado-- está baseada nos dados do PIB brasileiro no primeiro semestre do ano divulgados ontem pelo IBGE, de R$ 711 bilhões, e na estimativa de que as somas das riquezas no ano cheguem a US$ 467 bilhões. Em 1998, o PIB era de US$ 788 bilhões.
"Em 2003, o cenário permite projetar um crescimento pífio da economia, que é insuficiente para acompanhar o desempenho dos demais países", afirmou.
O peso da economia brasileira entre os 15 maiores PIBs do mundo caiu quase pela metade neste período, segundo o levantamento, passando de 3,3%, em 1998, para 1,7% em 2003.
Nestes anos, o país sofreu com uma série de crises internas e externas, que contribuíram para drenar as riquezas do país. Mesmo com a desvalorização do real em 1999, o país ainda conseguia se manter entre as dez maiores economias. Mas a redução do crescimento, agravada pelo racionamento de energia e efeitos da crise argentina, além das seguidas desvalorizações do real a partir de 2001, fizeram com que o país fosse ultrapassado no ranking.
Segundo ele, para voltar ao grupo das dez maiores economias, o Brasil teria de crescer a taxas de 3,5% ao ano e ainda contar com uma valorização da moeda.
EUA
Um exemplo de país que seguiu uma trajetória totalmente oposta à do Brasil é a China, que em 1998 estava apenas uma posição na frente (7ª), se manteve entre o 6º e 7º lugar nos anos seguintes, mas para sustentar a posição cresceu o equivalente a um PIB brasileiro.
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