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10/10/2002
-
10h32
da Folha de S.Paulo
A perspectiva de uma nova campanha militar dos Estados Unidos no Oriente Médio tem gerado grande instabilidade no mercado de petróleo. Essa ameaça de invasão do Iraque elevou a cotação do barril e causou turbulência no mercado.
Sensível à crise, o setor petrolífero teme o pior: não apenas a disparada do preço mas a utilização do ouro negro como arma política, como aconteceu após a Guerra do Iom Kipur, em 1973.
Porta-voz da posição árabe durante a crise do petróleo nos anos 70, a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) vem perdendo força em razão do crescimento da oferta mundial. Criada em 1960, objetivando uma administração centralizada da política petrolífera, principalmente em relação ao controle do preço e ao volume de produção do petróleo, a Opep responde atualmente por cerca de 55% do mercado.
Os 12 países-membros da organização (Argélia, Gabão, Indonésia, Irã, Iraque, Kuait, Líbia, Nigéria, Catar, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Venezuela) possuem cerca de dois terços das reservas mundiais.
Segundo dados da Opep, o Brasil é o 18º maior produtor de petróleo do mundo e está evoluindo da condição de dependente para um papel ativo nesse mercado. Hoje o país produz 85% do petróleo consumido internamente. Nossa balança comercial ainda é desfavorável, mas prevê-se que a auto-suficiência possa ser alcançada até 2005.
Detentor de uma vasta jazida de petróleo de 113 bilhões de barris, a segunda reserva do mundo, Saddam Hussein desconfia das intenções dos EUA. Uma invasão do Iraque poderia abrir suas reservas de petróleo para a exploração de empresas americanas. Num único lance, George W. Bush quebraria a hegemonia da Arábia Saudita sobre o mercado e ampliaria seu controle sobre o petróleo do Oriente Médio.
Roberto Candelori é coordenador da Cia. de Ética, professor da Escola Móbile e do Objetivo. E-mail: rcandelori@uol.com.br
Leia mais:
Química: SO2 é o Homem-Aranha da química
Matemática: A geometria do pedestre
Biologia: A biogeografia e a distribuição dos seres vivos
História: O Estado, a cultura e a construção da nação
Atualidades: A Opep e a crise no Oriente Médio
ROBERTO CANDELORIda Folha de S.Paulo
A perspectiva de uma nova campanha militar dos Estados Unidos no Oriente Médio tem gerado grande instabilidade no mercado de petróleo. Essa ameaça de invasão do Iraque elevou a cotação do barril e causou turbulência no mercado.
Sensível à crise, o setor petrolífero teme o pior: não apenas a disparada do preço mas a utilização do ouro negro como arma política, como aconteceu após a Guerra do Iom Kipur, em 1973.
Porta-voz da posição árabe durante a crise do petróleo nos anos 70, a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) vem perdendo força em razão do crescimento da oferta mundial. Criada em 1960, objetivando uma administração centralizada da política petrolífera, principalmente em relação ao controle do preço e ao volume de produção do petróleo, a Opep responde atualmente por cerca de 55% do mercado.
Os 12 países-membros da organização (Argélia, Gabão, Indonésia, Irã, Iraque, Kuait, Líbia, Nigéria, Catar, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Venezuela) possuem cerca de dois terços das reservas mundiais.
Segundo dados da Opep, o Brasil é o 18º maior produtor de petróleo do mundo e está evoluindo da condição de dependente para um papel ativo nesse mercado. Hoje o país produz 85% do petróleo consumido internamente. Nossa balança comercial ainda é desfavorável, mas prevê-se que a auto-suficiência possa ser alcançada até 2005.
Detentor de uma vasta jazida de petróleo de 113 bilhões de barris, a segunda reserva do mundo, Saddam Hussein desconfia das intenções dos EUA. Uma invasão do Iraque poderia abrir suas reservas de petróleo para a exploração de empresas americanas. Num único lance, George W. Bush quebraria a hegemonia da Arábia Saudita sobre o mercado e ampliaria seu controle sobre o petróleo do Oriente Médio.
Roberto Candelori é coordenador da Cia. de Ética, professor da Escola Móbile e do Objetivo. E-mail: rcandelori@uol.com.br
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