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História - 1918 - Delfim Moreira

Mais um vice...

Reprodução
Mulher caminha no centro São Paulo, que tem crescimento vertiginoso no início do século 20
A gripe espanhola se alastrava em São Paulo e não distinguia classes sociais. A população mais pobre era a mais atingida, mas a burguesia não estava imune. Após eleito pela segunda vez, Rodrigues Alves, aos 70 anos, já velho, não pôde sequer tomar posse em razão da doença. Seu vice, o mineiro Delfim Moreira, foi empossado. Mais ma vez, a oligarquia paulista e mineira fazia um presidente.

A morte de Rodrigues Alves, em 1919, apressou o fim da gestão do vice. Delfim Moreira, sem experiência política e sem base de sustentação no Congresso, assumiu aguardando apenas que fosse convocada nova eleição, como determinava a Constituição Federal vigente.

Nome: Delfim Moreira da Costa Ribeiro
Natural de:
Minas Gerais
Gestão:
15.nov.1918 a 27.jul.1919
Eleito pela segunda vez, Rodrigues Alves contraiu doença grave e não pôde assumir a presidência. Assim, Costa Ribeiro assumiu o cargo interinamente. Pelas regras constitucionais, foi realizada nova eleição, da qual saiu vitorioso Epitácio Pessoa.
Eminência parda no governo, o ministro da Viação e Obras Públicas, Afrânio de Melo Franco, era o verdadeiro chefe da nação durante a gestão de Delfim Moreira.

Apesar do curto período, Moreira teve tempo de acalmar a oligarquia paulista em relação às recentes manifestações operárias e ao crescimento do movimento. O vice dissolveu a União Geral do Trabalhadores. A República já acumulava na época uma significativa política de repressão às greves operárias: 50 fechamentos de organizações operárias, 14 enforcamentos e mortes de trabalhadores, 657 prisões, 31 deportações e 128 expulsões do território nacional.

Com a morte de Rodrigues Alves abriu-se uma crise na sucessão. Os governadores de Minas Gerais (Arthur Bernardes) e de São Paulo (Altino Dantas) eram considerados políticos muito novos para assumir a Presidência.

Mantendo posição diversa do "grupo café-com-leite", Nilo Peçanha lançou Rui Barbosa candidato. Sua independência incomodava a oligarquia paulista.

Como alternativa a Rui, foi lançado o ex-ministro da Justiça de Campos Sales e político identificado com o café-com-leite, Epitácio Pessoa, mesmo tendo vindo de um Estado menor, no caso a Paraíba. Este, indicado pela oligarquia paulista e mineira, neutralizava os descontentamentos do Rio Grande do Sul com a política café-com-leite.


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