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12/07/2004

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CIDADE DO MÉXICO-1968

112
delegações
5.516
atletas
4.735 781
homens mulheres
172
provas

MEDALHAS

 
1º EUA 45 28 34
2º URSS 29 32 30
3º JAP 11 7 7
COI
Cerimônia de abertura em 1968
ANDRÉ LUÍS NERY
da Folha Online

Desde os Jogos de Berlim-1936, uma edição da Olimpíada não apresentava tantas manifestações políticas como as que o ocorreram na Cidade do México, em 1968.

Durante a competição, estourou o movimento Black Power --reivindicação dos negros norte-americanos. O primeiro protesto aconteceu na final dos 200 m rasos, no dia 16 de outubro, quando Tommie Smith e John Carlos, respectivamente campeão e vice da prova, subiram ao pódio de pés descalços usando luvas negras em uma das mãos e, quando a bandeira da pátria foi içada e o hino dos EUA tocado, levantaram os punhos com as luvas, enquanto abaixavam a cabeça para não ouvir o símbolo nacional. Os dois acabaram excluídos da delegação.

Dois dias depois, outros três atletas, Lee Evans, Larry James e Ronald Freeman, respectivamente ouro, prata e bronze nos 400 m rasos, em apoio aos companheiros, reprisaram o gesto e subiram ao pódio com as boinas do Black Power em suas cabeças, erguendo os punhos cerrados. Na execução do hino, porém, retiraram as boinas. Apesar da pressão do COI, os três foram mantidos na delegação.

Os primeiros Jogos no Terceiro Mundo também causaram a revolta da população local, que promoveu várias passeatas contra o gasto excessivo no evento, enquanto milhares de pessoas passavam fome e a desigualdade social assolava o país. O movimento foi fortemente reprimido, com cerca de cem pessoas mortas nos confrontos com a polícia.

A Olimpíada mexicana foi marcada ainda pelas quebras de recordes. O ar rarefeito da cidade (2.400 m acima do mar) foi o maior responsável pela superação de 68 marcas mundiais e 301 olímpicas. Exemplo do alto desempenho foi o atletismo --com exceção das provas de fundo, prejudicadas pelo ar rarefeito. O norte-americano Bob Beaman superou o então recorde mundial em 55 centímetros no salto em distância --8,90 m, que permanece como recorde olímpico até hoje.

VERA CASLAVSKA

A ginasta tcheca Vera Caslavska conquistou no México quatro medalhas de ouro (exercícios combinados individual, barras assimétricas, exercícios de solo e salto sobre o cavalo), além de uma prata por equipe e outra na trave de equilíbrio.

DESEMPENHO BRASILEIRO

O Brasil ganhou três medalhas: uma prata no salto triplo com Nelson Prudêncio (foto) e mais dois bronzes, na classe flying dutchman do iatismo, com a dupla Reinaldo Conrad e Burkhard Cordes, e no peso mosca do boxe, com Servílio de Oliveira.

CURIOSIDADES

  • Os Jogos da Cidade do México-68 foram os primeiros a ter controle de dopagem e de feminilidade na história. Somente um atleta foi eliminado por testar positivo a substâncias proibidas --o sueco Hans-Gunnar Liljenvall, do pentatlo moderno, por excesso de álcool.
  • O norte-americano George Foreman conquistou os ouro dos peso-pesados. Depois, seria campeão mundial profissional sobre Joe Frazier, ouro entre os pesados na Olimpíada de Tóquio-1964. Foreman teve uma das mais longas e vitoriosas carreiras como profissional.
  • Apesar do ouro no salto em altura, mas sem recorde mundial, Dick Fosbury entrou para a história por ter inventado o "fosbury flop", técnica então revolucionária em que o atleta salta de costas, passando primeiro a cabeça e as pernas por último sobre a barra.
  • O norte-americano Al Oerter conseguiu uma inédita quarta medalha de ouro consecutiva em uma mesma prova do atletismo --no arremesso de disco. Seu feito só seria igualado por seu compatriota Carl Lewis, em Atlanta-96, quando ele ganhou o tetra no salto em distância.
  • O japonês Akinori Nakayama foi o principal destaque da ginástica artística no México, com seis pódios (quatro de ouro, uma de prata e uma de bronze). Pela União Soviética, brilhou Mikhail Voronin, que somou dois ouros, quatro pratas e um bronze.

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