12/07/2004
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2000 |
2004
SYDNEY-2000
10.651 |
atletas |
6.582 |
4.069 |
homens |
mulheres |
MEDALHAS
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1º EUA |
40 |
24 |
33 |
2º RUS |
32 |
28 |
28 |
3º CHN |
28 |
16 |
15 |
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AP |
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Honorato perde na final do judô para Mark Huizinga (HOL) |
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ANDRÉ LUÍS NERY
da
Folha Online
A 27ª Olimpíada da era Moderna foi a primeira realizada parte no inverno, pois foi a segunda no Hemisfério Sul --a primeira, também na Austrália, em Melbourne-1956, foi em novembro. Livre de boicote e atentado, o maior problema do evento foi o fuso horário, que prejudicou o maior público mundial, o Ocidente. Os EUA, por exemplo, não transmitiram nenhuma prova ao vivo, muito também pela decisão da NBC, que detinha os direitos de transmissão no país.
O Brasil nunca havia chegado para uma Olimpíada com tantos favoritos como em Sydney. E nunca colecionou tantos fracassos em conquistas dadas como certas --foram seis pratas e seis bronzes. Em seis disputas de pódio, o país foi representado pelo número um do mundo --o time masculino de futebol, as duplas de vôlei de praia Zé Marco/Ricardo e Adriana Behar/Shelda, os iatistas Robert Scheidt (laser) e Torben Grael/Marcelo Ferreira (star) e o cavaleiro Rodrigo Pessoa.
O Brasil obteve sua primeira campanha sem ouro desde Montréal-1976. Ficou na modesta 56ª posição no quadro de medalhas --a pior colocação do país em toda a história--, atrás de Colômbia e Moçambique.
MARION JONES
A norte-americana Marion Jones subiu cinco vezes ao pódio (a atleta com o maior número de medalhas do atletismo), sendo três vezes no lugar mais alto --100 m, 200 m e 4 x 400 m rasos. Ainda foi bronze no 4 x 100 m e no salto em distância.
DESEMPENHO BRASILEIRO
Shelda e Adriana Behar (foto) chegaram a Sydney como favoritas ao ouro, mas, na final, acabaram perdendo para as locais Natalie Cook e Kerri Pottharst. Mesmo assim, mantiveram o vôlei de praia nacional como uma das potências do planeta.
CURIOSIDADES
- Eric Moussambani, da Guiné Equatorial, em sua eliminatória, teve que apelar para o estilo "cachorrinho" para conseguir completar o 100 m livre. Com 1min52s72, fez um tempo inferior até do que o obtido pelo húngaro Alfred Hajos na primeira edição, em Atenas-1896.
- A norte-americana Marla Runyan, com apenas 25% da visão --é considerada cega pela legislação de seu país--, se tornou uma das grandes heroínas de Sydney, ao conseguir se classificar para a final dos 1.500 m. Terminou a prova na oitava colocação.
- A Colômbia terminou em primeiro lugar no quadro de medalhas entre os países da América do Sul, com um ouro --seu primeiro da história-- da halterofilista Maria Isabel Urrutia, na categoria até 75 kg. Sydney marcou a estréia das mulheres no levantamento de peso.
- O ala australiano Andrew Gaze completou 40 partidas olímpicas e bateu o recorde do brasileiro Oscar Schimidt, 38. Ambos disputaram cinco edições dos Jogos. Gaze, que carregou a bandeira de seu país na festa de abertura, terminou na quarta colocação.
- Camarões conquistou sua primeira medalha de ouro na história, no esporte mais popular do mundo. Os africanos, donos de um estilo descontraído, surpreenderam os favoritos brasileiros, chilenos e espanhóis em seu caminho ao topo do pódio no futebol.
- Sydney viu uma das piores competições de atletismo da história olímpica. Apenas 6 recordes olímpicos foram quebrados e nenhum mundial --igualando Londres-48. Nos 200 m, o grego Konstantinus Kenteris levou o ouro com o pior tempo dos quatro últimos campeões.
- Pela terceira vez, o vôlei masculino da Itália entrou na Olimpíada como favorito e saiu sem o ouro. Equipe mais vencedora dos anos 90, os italianos ganharam todos os títulos do vôlei mundial, menos a medalha olímpica. Em Sydney, perderam na final para a Iugoslávia.