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05/05/2006
-
09h16
da Folha de S.Paulo
Em uma canetada, a Alemanha pode anular nesta sexta-feira 22 recordes nacionais estabelecidos no período em que o país estava dividido.
Esse número representa quase a metade das provas olímpicas (46). Entre as marcas constam quatro recordes mundiais. Caso sejam cancelados, também devem desaparecer da listagem da Iaaf (entidade que comanda o atletismo).
Há suspeita de que houve largo uso de doping na antiga Alemanha Oriental para a conquista dos recordes --a grande maioria foi estabelecida nos anos 1980.
O problema foi herdado pela DLV (Federação Alemã de Atletismo), surgida em 1990, com a reunificação do país. Na época, foi decidido que as melhores marcas da Alemanha Oriental ou Ocidental seriam formalizadas como o recorde do país unificado.
Na tentativa de dar um ponto final às controvérsias em torno desses índices, a entidade se reúne hoje em sessão extraordinária em Darmstadt (Oeste do país).
Uma comissão de especialistas examina os recordes desde outubro. Ela divulgará um relatório para apreciação dos dirigentes. As investigações começaram após denúncia da ex-velocista Ines Geipel. Segundo ela, que exigiu que suas marcas fossem canceladas, havia doping sistemático e forçado na Alemanha Oriental.
"O objetivo da comissão é verificar se, tendo em conta as provas e informações disponíveis, é possível, juridicamente, anular recordes devido ao doping", diz Clemens Prokop, presidente da DLV.
Segundo ele, até resultados da ex-Alemanha Ocidental estão na berlinda. "Não estamos interessados em examinar só o caso de Geipel, mas todos os recordes obtidos pela Alemanha Oriental e pela Ocidental, caso existam suspeitas."
A comissão também conta com especialistas para dar um parecer se seria possível a obtenção de marcas tão significativas.
É o caso do lançamento de disco feminino. Gabriele Reinsch bateu o recorde em 1988 --76,80 m. Nos últimos 16 anos, quem mais se aproximou da alemã oriental foi a chinesa Yanling Xiao, em 1992, com um lançamento mais de cinco metros inferior: 71,68 m.
No revezamento 4 x 100 m, a Alemanha Oriental detém o recorde (41s37) há 21 anos. Nem a equipe mais estrelada que os EUA já formaram --com Chryste Gaines, Marion Jones, Inger Miller e Gail Devers-- foi capaz de superá-la. Em Atenas-1997, as velocistas foram campeãs mundiais, mas cravaram "apenas" 41s47.
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Alemanha faz revisão de marcas no atletismo sob suspeita de doping
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Em uma canetada, a Alemanha pode anular nesta sexta-feira 22 recordes nacionais estabelecidos no período em que o país estava dividido.
Esse número representa quase a metade das provas olímpicas (46). Entre as marcas constam quatro recordes mundiais. Caso sejam cancelados, também devem desaparecer da listagem da Iaaf (entidade que comanda o atletismo).
Há suspeita de que houve largo uso de doping na antiga Alemanha Oriental para a conquista dos recordes --a grande maioria foi estabelecida nos anos 1980.
O problema foi herdado pela DLV (Federação Alemã de Atletismo), surgida em 1990, com a reunificação do país. Na época, foi decidido que as melhores marcas da Alemanha Oriental ou Ocidental seriam formalizadas como o recorde do país unificado.
Na tentativa de dar um ponto final às controvérsias em torno desses índices, a entidade se reúne hoje em sessão extraordinária em Darmstadt (Oeste do país).
Uma comissão de especialistas examina os recordes desde outubro. Ela divulgará um relatório para apreciação dos dirigentes. As investigações começaram após denúncia da ex-velocista Ines Geipel. Segundo ela, que exigiu que suas marcas fossem canceladas, havia doping sistemático e forçado na Alemanha Oriental.
"O objetivo da comissão é verificar se, tendo em conta as provas e informações disponíveis, é possível, juridicamente, anular recordes devido ao doping", diz Clemens Prokop, presidente da DLV.
Segundo ele, até resultados da ex-Alemanha Ocidental estão na berlinda. "Não estamos interessados em examinar só o caso de Geipel, mas todos os recordes obtidos pela Alemanha Oriental e pela Ocidental, caso existam suspeitas."
A comissão também conta com especialistas para dar um parecer se seria possível a obtenção de marcas tão significativas.
É o caso do lançamento de disco feminino. Gabriele Reinsch bateu o recorde em 1988 --76,80 m. Nos últimos 16 anos, quem mais se aproximou da alemã oriental foi a chinesa Yanling Xiao, em 1992, com um lançamento mais de cinco metros inferior: 71,68 m.
No revezamento 4 x 100 m, a Alemanha Oriental detém o recorde (41s37) há 21 anos. Nem a equipe mais estrelada que os EUA já formaram --com Chryste Gaines, Marion Jones, Inger Miller e Gail Devers-- foi capaz de superá-la. Em Atenas-1997, as velocistas foram campeãs mundiais, mas cravaram "apenas" 41s47.
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