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10/07/2001
-
20h19
da Folha de S.Paulo
Mauro Silva disse que perdeu duas noites de sono para tomar a decisão mais difícil de sua carreira, que foi a de abandonar a seleção.
Antes, ele já havia sido o único jogador a se posicionar contra a CBF, dizendo que não aceitaria fazer propaganda de cerveja, conforme possibilidade prevista em contrato da entidade. Casado, pai de Mauro, 6, e Mathaus, 3 meses, ele ficará no Brasil até dia 21.
Folha de S.Paulo - Com sua decisão, não teme ficar esquecido novamente pela seleção?
Mauro Silva - O meu maior orgulho foi ter vestido a camisa da seleção na conquista do tetracampeonato em 94. Não embarcar com a seleção agora foi a decisão mais difícil da minha carreira. Não sei o que acontecerá, mas assumo as consequências. Se eu não voltar mais, vou continuar admirando o Luiz Felipe do mesmo jeito e torcendo pelo Brasil à distância.
Folha - Teme pela segurança dos atletas que foram?
Mauro Silva - Claro que sim. Espero que não aconteça nada com meus amigos.
Folha - Outros jogadores tiveram vontade de fazer o mesmo que você?
Mauro Silva - Não vou falar em nomes, mas é claro que sim. Quando se está começando a carreira e a pessoa não tem independência financeira, é difícil tomar uma decisão como a minha.
Folha - A seu ver, esse clima de terror pode influir no desempenho da seleção?
Mauro Silva - Essa questão emocional prejudica o jogador. Se o Brasil não fizer um bom papel, será que vão entender? Por que se expor?
Folha - O Bayern de Munique se recusa a liberar o Élber. O La Coruña teve alguma coisa a ver com a sua decisão?
Mauro Silva - Sei que o clube sempre tem problemas desse tipo, mas desta vez nem cheguei a falar com eles.
Mauro Silva diz ter tomado a decisão mais difícil de sua carreira
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Mauro Silva disse que perdeu duas noites de sono para tomar a decisão mais difícil de sua carreira, que foi a de abandonar a seleção.
Antes, ele já havia sido o único jogador a se posicionar contra a CBF, dizendo que não aceitaria fazer propaganda de cerveja, conforme possibilidade prevista em contrato da entidade. Casado, pai de Mauro, 6, e Mathaus, 3 meses, ele ficará no Brasil até dia 21.
Folha de S.Paulo - Com sua decisão, não teme ficar esquecido novamente pela seleção?
Mauro Silva - O meu maior orgulho foi ter vestido a camisa da seleção na conquista do tetracampeonato em 94. Não embarcar com a seleção agora foi a decisão mais difícil da minha carreira. Não sei o que acontecerá, mas assumo as consequências. Se eu não voltar mais, vou continuar admirando o Luiz Felipe do mesmo jeito e torcendo pelo Brasil à distância.
Folha - Teme pela segurança dos atletas que foram?
Mauro Silva - Claro que sim. Espero que não aconteça nada com meus amigos.
Folha - Outros jogadores tiveram vontade de fazer o mesmo que você?
Mauro Silva - Não vou falar em nomes, mas é claro que sim. Quando se está começando a carreira e a pessoa não tem independência financeira, é difícil tomar uma decisão como a minha.
Folha - A seu ver, esse clima de terror pode influir no desempenho da seleção?
Mauro Silva - Essa questão emocional prejudica o jogador. Se o Brasil não fizer um bom papel, será que vão entender? Por que se expor?
Folha - O Bayern de Munique se recusa a liberar o Élber. O La Coruña teve alguma coisa a ver com a sua decisão?
Mauro Silva - Sei que o clube sempre tem problemas desse tipo, mas desta vez nem cheguei a falar com eles.
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