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03/07/2002
-
02h09
da Sucursal da Folha em Brasília
A decisão da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) de levar a seleção pentacampeã ao Planalto ontem foi tomada na última hora, depois de uma série de negociações e sob um compromisso do governo: não fazer uso político do momento e das imagens.
Dirigentes, comissão técnica e jogadores estavam ressentidos com Fernando Henrique Cardoso por não terem recebido apoio nos momentos difíceis. O presidente chegou a defender a convocação do atacante Romário quando o grupo se julgava no fundo do poço e só enviou telegrama antes da semifinal contra a Turquia.
A discussão sobre a ida da seleção a Brasília envolveu todos os partidos ligados aos cartolas do futebol. A avaliação era que seria injusto beneficiar só os tucanos com a festa da vitória. Melhor seria, no caso, ir ao Congresso, que tem representantes de todas as correntes.
Venceu o receio da CBF de que a recusa de levar a seleção ao Planalto soasse para a população como vingança contra as CPIs da Nike e do Futebol e a medida provisória de moralização do esporte.
Em 94, a seleção enfrentou o "escândalo da muamba", e, quatro anos mais tarde, a suspeita de que teria perdido da França na final devido a um acordo com a Nike. Ricardo Teixeira não queria passar por situação semelhante.
O intermediário decisivo foi o ministro Sérgio Amaral (Desenvolvimento), que se aproximou de Ricardo Teixeira quando era embaixador em Londres. Foi Amaral quem telefonou para o presidente da CBF formalizando o convite para a seleção brasileira ir até a capital nacional.
Um telefonema direto do próprio FHC selou definitivamente o acordo.
Conforme a Folha apurou, o principal argumento de Amaral na conversa foi: "É preciso ser magnânimo na vitória".
"Ninguém quer introduzir uma variável política numa festa que é popular. Quem tentasse sairia perdendo", disse anteontem o secretário de Comunicação, João Roberto Vieira da Costa.
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A discussão sobre a ida da seleção a Brasília envolveu todos os partidos ligados aos cartolas do futebol. A avaliação era que seria injusto beneficiar só os tucanos com a festa da vitória. Melhor seria, no caso, ir ao Congresso, que tem representantes de todas as correntes.
Venceu o receio da CBF de que a recusa de levar a seleção ao Planalto soasse para a população como vingança contra as CPIs da Nike e do Futebol e a medida provisória de moralização do esporte.
Em 94, a seleção enfrentou o "escândalo da muamba", e, quatro anos mais tarde, a suspeita de que teria perdido da França na final devido a um acordo com a Nike. Ricardo Teixeira não queria passar por situação semelhante.
O intermediário decisivo foi o ministro Sérgio Amaral (Desenvolvimento), que se aproximou de Ricardo Teixeira quando era embaixador em Londres. Foi Amaral quem telefonou para o presidente da CBF formalizando o convite para a seleção brasileira ir até a capital nacional.
Um telefonema direto do próprio FHC selou definitivamente o acordo.
Conforme a Folha apurou, o principal argumento de Amaral na conversa foi: "É preciso ser magnânimo na vitória".
"Ninguém quer introduzir uma variável política numa festa que é popular. Quem tentasse sairia perdendo", disse anteontem o secretário de Comunicação, João Roberto Vieira da Costa.
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