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07/10/2000 - 18h12

Maradona elogia brasileiros em biografia

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da Folha de S.Paulo

O ex-meia Diego Armando Maradona, maior ídolo da história do futebol argentino, demonstra admiração pelos jogadores brasileiros em sua autobiografia "Yo soy el Diego" (Eu sou o Diego).

Em sua primeira edição, de 130 mil exemplares, o livro se esgotou em pouco mais de uma semana após o seu lançamento nas livrarias da Argentina. E, entre os brasileiros, o grande ídolo de Maradona foi Rivellino.

"Sempre o menciono como um dos maiores, e as pessoas se surpreendem. Não sei por que. Era a elegância e a rebeldia em um campo de futebol. E se rebelava contra os poderosos", diz Maradona.

O ex-jogador argentino também gosta de citar uma passagem na qual Rivellino ironiza Pelé pelo fato de o ex-camisa 10 santista não ser canhoto.

Pelé, por sua vez, recebe elogios como futebolista, mas é criticado como pessoa. "Como jogador foi o máximo, mas não soube enaltecer o futebol".
Afirma também que o maior atleta brasileiro deixou Garrincha morrer na ruína.

Sobre comparações, diz apenas que Pelé se assustou quando ele, Maradona, despontou na Copa do Mundo do México, em 1986.

O atacante da Inter de Milão Ronaldo, para Maradona, é um grande jogador que não soube lidar com a fama. Mas não o considera melhor do que Romário e Rivaldo. "Tenho grande estima por Romário. Ele faz coisas incríveis dentro da área, está na minha equipe ideal", diz o ex-capitão da Argentina.

A conduta pouco ortodoxa do santista Edmundo é citada como qualidade por Maradona. "Achei certo ele sair da Itália e voltar para o Brasil no Carnaval, quando jogava pela Fiorentina. Todos os brasileiros faziam isso quando eu joguei lá, até o Falcão e o Cerezo. Só ficávamos nós, argentinos, que não temos um bom Carnaval", acrescenta o ex-meia.

O ex-jogador Sócrates é citado como um grande lutador pelo direito dos jogadores, "apesar de a Fifa ter tentado impedi-lo".

Já Falcão era um líder para Maradona. "Fora do campo, parecia um médico, mas, quando colocava a chuteira, sabia muito bem o que fazer com a bola. Conseguiu fazer a Roma ser campeã, o que não é pouca coisa."

Zico, outro craque brasileiro da Copa do Mundo de 1982, "foi um diretor das partidas. Tiraram a 10 de Pelé e lhe entregaram sem problemas. Um tipo sensacional, um jogador fantástico".

Seus companheiros de Napoli, Careca e Alemão, também são citados entre os cem jogadores que marcaram a vida futebolística de Maradona. ´Careca foi o melhor sócio que tive na minha carreira, um fenômeno e um amigo", diz.

Alemão não era o jogador que o argentino queria para o clube italiano. "Mas, quando chegou, provou ser um jogadoraço. Me fez mudar de idéia."

No livro, Maradona relata toda a sua vida, desde o início, nos subúrbios de Buenos Aires, até o período de tratamento contra as drogas em Cuba.

Viciado em cocaína, o argentino chegou a ser internado no início do ano por problemas cardíacos. O presidente cubano, Fidel Castro, decidiu, então, oferecer um tratamento para Maradona se livrar da dependência das drogas.

Na semana passada, o ex-meia esteve em Buenos Aires para lançar o livro e seu site na Internet.

Em Cuba, segundo descrevem jornalistas argentinos que viajaram para lá, Maradona divide momentos de extrema euforia, indo a boates e saindo com amigos, e períodos de depressão, negando-se a sair de casa.

Durante a Olimpíada de Sydney, o jogador escapou ileso de um grave acidente automobilístico em Cuba. Seu carro ficou totalmente destruído.

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