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02/07/2003 - 01h26

Com pressa de voltar a Buenos Aires, Boca recorre a vôo militar

FÁBIO VICTOR
MÁRVIO DOS ANJOS

da Folha de S.Paulo

O Boca Juniors tem pressa em deixar São Paulo. Seja para festejar com sua torcida, seja para fugir das comemorações dos brasileiros, o clube recorreu a um vôo da Lade (Líneas Aéreas del Estado), empresa estatal ligada à Força Aérea Argentina para voltar a Buenos Aires imediatamente após a partida desta quarta.

Segundo a assessoria de imprensa do Boca, o vôo foi requisitado para garantir "segurança e rapidez" na ida e na volta.

No início da tarde desta terça, dirigentes do Santos e do Boca participaram de um almoço de confraternização numa churrascaria da cidade litorânea.

Durante o encontro, os cartolas argentinos deixaram transparecer sua confiança no título: disseram que, para conseguir aproveitar a festa em Buenos Aires no início da madrugada de quinta, os jogadores do Boca não irão nem tomar banho no vestiário depois da decisão.

Um pouco mais distante dos preparativos para a volta, o técnico Carlos Bianchi disse que o Boca não deve pensar na vantagem de dois gols. Para ele, sua equipe tem que entrar em campo como se o jogo estivesse 0 a 0.

Cauteloso, o treinador, três vezes campeão da Libertadores, acrescentou que o time precisará apresentar um padrão de jogo superior ao de quarta passada. "Temos uma pequena vantagem, mas isso não quer dizer nada."

Os jogadores do Boca, segundo ele, estariam tranquilos e "não muito ansiosos".

É a terceira vez que Bianchi decide a Libertadores no Morumbi (venceu uma com o Vélez, sobre o São Paulo, e outra com o próprio Boca, diante do Palmeiras), mas a primeira em que seu time pode se dar ao luxo até de perder por um gol de diferença.

"É um estádio que nos deu boas doses de prazer, mas a vontade de ganhar é a mesma", declarou.

Bianchi demonstrou respeitar os jogadores do Santos, principalmente os mais jovens, e reconheceu que o clube brasileiro ainda pode reverter a situação.

"Diego e Robinho são jogadores de nível internacional. Talvez não tenham conseguido mostrar tudo o que sabem em La Bombonera, mas são igualmente excepcionais. Se foram campeões brasileiros, isso deve significar alguma coisa. Se chegaram à final da Libertadores, isso deve significar outra coisa também", afirmou.

O técnico evitou dizer se sua equipe assumirá uma postura ofensiva ou defensiva no Morumbi, mas confirmou o desfalque do atacante Schelotto, apesar de o jogador ter corrido em volta do campo no treino da manhã desta terça, no campo do Nacional. Em seu lugar entra o volante Villarreal, mais defensivo.

Questionado sobre a postura de Emerson Leão, que mandou fechar as portas do treino do Santos para jornalistas argentinos, Bianchi foi diplomático, mas deixou escapar uma ponta de ironia.

"Creio que há poucos mistérios hoje no futebol, mas é preciso respeitar a decisão do treinador."

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