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22/10/2003
-
00h19
ADALBERTO LEISTER FILHO
da Folha de S.Paulo
O escândalo de doping nos EUA virou um caso de polícia. Os dois maiores nomes do atletismo dos EUA, Marion Jones e Tim Montgomery, serão intimados a depor em um júri federal em San Francisco. Além deles, Barry Bonds, astro do beisebol, será chamado.
A corte quer saber quais as ligações do casal com a Balco, companhia que é apontada como responsável pelo fornecimento do THG (tetraidrogestrinona), esteróide anabólico detectado pela primeira vez em controles.
Montgomery é o recordista mundial dos 100 m. Marion, sua mulher e também velocista, tornou-se três anos atrás, na Olimpíada de Sydney, a primeira atleta do sexo feminino a conquistar cinco medalhas na modalidade em uma edição dos Jogos. Bonds, por sua vez, é o recordista de home runs (jogada máxima) em uma temporada da MLB, a liga norte-americana de beisebol.
A convocação foi confirmada por Victor Conte, presidente da Balco. Mais de 40 atletas devem ser chamados para depor, entre eles sete estrelas da NFL, a liga dos EUA de futebol americano.
Outra cliente famosa da Balco é Kelli White, pega no antidoping durante o Mundial de Paris para o estimulante modafinil. Campeã dos 100 m e dos 200 m na França, Kelli deve perder seus ouros.
A velocista disse que o remédio foi receitado pelo médico Brian Goldman, que trabalhou 20 anos com Conte. Porém, segundo a Usada, não há nenhuma ligação do modafinil com o THG.
Nesta terça, a Iaaf, entidade que dirige o atletismo, confirmou que irá refazer a análise em cerca de 400 amostras de urina coletadas durante o Mundial de Paris, disputado de 23 a 31 de agosto.
A Wada (Agência Mundial Antidoping) quer novos "recalls" antidoping. "Vamos incentivar todas as entidades responsáveis pela área a fazer uma revisão nas amostras", afirma David Howman, diretor-geral da Wada.
A agência divulgou que o método de detecção do THG será repassado aos laboratórios credenciados pelo Comitê Olímpico Internacional. "Esse é um exemplo de como o conhecimento científico compartilhado pode brecar o doping", afirma o dirigente.
O anúncio da nova droga foi feito na quinta passada pela Usada (Agência Antidoping dos EUA).
O THG possui parentesco com a gestrinona, uma substância exógena (que não pode ser produzida pelo organismo). Os atletas flagrados para a nova droga podem pegar suspensão de dois anos.
Astros dos EUA vão depor em escândalo de doping
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da Folha de S.Paulo
O escândalo de doping nos EUA virou um caso de polícia. Os dois maiores nomes do atletismo dos EUA, Marion Jones e Tim Montgomery, serão intimados a depor em um júri federal em San Francisco. Além deles, Barry Bonds, astro do beisebol, será chamado.
A corte quer saber quais as ligações do casal com a Balco, companhia que é apontada como responsável pelo fornecimento do THG (tetraidrogestrinona), esteróide anabólico detectado pela primeira vez em controles.
Montgomery é o recordista mundial dos 100 m. Marion, sua mulher e também velocista, tornou-se três anos atrás, na Olimpíada de Sydney, a primeira atleta do sexo feminino a conquistar cinco medalhas na modalidade em uma edição dos Jogos. Bonds, por sua vez, é o recordista de home runs (jogada máxima) em uma temporada da MLB, a liga norte-americana de beisebol.
A convocação foi confirmada por Victor Conte, presidente da Balco. Mais de 40 atletas devem ser chamados para depor, entre eles sete estrelas da NFL, a liga dos EUA de futebol americano.
Outra cliente famosa da Balco é Kelli White, pega no antidoping durante o Mundial de Paris para o estimulante modafinil. Campeã dos 100 m e dos 200 m na França, Kelli deve perder seus ouros.
A velocista disse que o remédio foi receitado pelo médico Brian Goldman, que trabalhou 20 anos com Conte. Porém, segundo a Usada, não há nenhuma ligação do modafinil com o THG.
Nesta terça, a Iaaf, entidade que dirige o atletismo, confirmou que irá refazer a análise em cerca de 400 amostras de urina coletadas durante o Mundial de Paris, disputado de 23 a 31 de agosto.
A Wada (Agência Mundial Antidoping) quer novos "recalls" antidoping. "Vamos incentivar todas as entidades responsáveis pela área a fazer uma revisão nas amostras", afirma David Howman, diretor-geral da Wada.
A agência divulgou que o método de detecção do THG será repassado aos laboratórios credenciados pelo Comitê Olímpico Internacional. "Esse é um exemplo de como o conhecimento científico compartilhado pode brecar o doping", afirma o dirigente.
O anúncio da nova droga foi feito na quinta passada pela Usada (Agência Antidoping dos EUA).
O THG possui parentesco com a gestrinona, uma substância exógena (que não pode ser produzida pelo organismo). Os atletas flagrados para a nova droga podem pegar suspensão de dois anos.
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