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15/03/2004 - 09h58

Atentado provoca adiamento de jogo do Campeonato Israelense

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BIANCA KESTENBAUM BANAI
especial para a Folha Online, em Tel Aviv

A partida entre os times de Ashdod e Bnei-Sachnin, que estava programada para esta noite, foi adiada devido ao duplo atentado terrorista que deixou dez mortos e 13 feridos ontem no porto de Ashdod, em Israel.

O jogo, válido pela 24ª rodada do Campeonato Israelense, estava marcado para às 20h30, horário local (15h30 de Brasília), no estádio da cidade portuária de Ashdod, a 40 km da faixa de Gaza.

A decisão foi tomada pela federação local, após pedido feito pelo clube de Ashdod e apoiado pelo time adversário, pelo canal 10, que transmite o jogo, e pela polícia. A nova data da partida ainda foi definida.

O jogador Alon Hazan, capitão do time de Ashdod, afirmou que a decisão de adiar a partida é lógica e boa. "Grande parte dos jogadores e torcedores comparecerão aos enterros das vítimas do atentado durante a tarde, poucas horas antes do jogo. Não gostaria que as pessoas chegassem ao jogo com uma carga sentimental e descarregassem em cima dos outros que não merecem, como os torcedores do Sachnin (time árabe que atua na liga israelense e onde atua o brasileiro Gabriel Lima)."

O secretário municipal de esportes da prefeitura de Ashdod, Jaki Ben Zakan, disse que hoje é um dia de luto na cidade. "Vários enterros serão feitos e a situação não combina com a realização de um evento esportivo."

Os grupos extremistas palestinos Hamas e Brigadas dos Mártires de Al Aqsa reivindicaram a autoria conjunta pelo ataque ao porto israelense de Ashdod, segundo a rede de TV libanesa Al Manar, de propriedade do grupo islâmico Hizbollah. O grupo Brigadas dos Mártires de Al Aqsa é ligado ao Fatah, facção política do líder palestino Iasser Arafat.

Um membro da Al Aqsa identificou os suicidas como Nabil Massoud e Mohammed Salem, do campo de refugiados de Jabalya --com cerca de 90 mil moradores. O campo é conhecido como um dos redutos de grupos terroristas que atuam na Intifada (levante contra a ocupação, iniciado em setembro de 2000).

Todas as vítimas eram funcionários do porto sendo que seis eram moradores da cidade, dois de Rehovot, um de Kiriat-Malachi e um de Tel-Aviv.
 

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