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28/06/2004 - 18h04

Torcida do São Paulo promete agora protesto "silencioso" contra o clube

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KLEBER TOMAZ
da Folha Online

Depois de vestir camisetas amarelas e hostilizar Luís Fabiano e Rogério Ceni na derrota para o Palmeiras (2 a 1), domingo, no Pacaembu, pelo Brasileiro, a Tricolor Independente, principal torcida do São Paulo, prometeu nesta segunda-feira fazer um protesto "silencioso" contra o clube, que, no entender dos seus membros, não ganha um título importante há dez anos.

Somente a faixa que pergunta "As tuas glórias vêm do passado?", citando o hino do time do Morumbi, utilizada no clássico de domingo, será mantida nos jogos da equipe como sinal de protesto, até o dia em que o clube volte a conquistar um torneio expressivo. Em 1993, o São Paulo foi campeão da Taça Libertadores e do Mundial interclubes.

De lá para cá, o São Paulo ganhou a Conmebol e a Recopa Sul-americana, extintos torneios continentais, em 1994, a Supercopa da Conmebol de 1996, duas edições do Campeonato Paulista, em 1998 e em 2000, o Torneio Rio-São Paulo de 2001 e o Supercampeonato Paulista 2002 --conquistas inexpressivas, segundo o presidente da torcida organizada, Alessandro Oliveira Santana, 26, o Batata.

"A faixa vai continuar como protesto, que agora será "silencioso". Ela [a faixa] não é para esse time de agora, é para o time que não ganha nada importante há dez anos", disse Batata, que no domingo participou do coro da torcida contra Luis Fabiano e Rogério Ceni, chamando-os, respectivamente, de "pipoqueiro" e "frangueiro", após o atacante perder um pênalti --defendido pelo palmeirense Sérgio--, e o goleiro falhar no segundo gol do rival --marcado por Vágner.

A torcida são-paulina ainda cantou "Pipoca, time de pipoca", na mesma melodia da canção "Sorte Grande", interpretada por Ivete Sangalo, após Vágner marcar seu primeiro gol, abrindo o placar. Os protestos continuaram: em vez de gritar os nomes dos jogadores atuais, a torcida lembrou ídolos da década de 90, como Zetti, Ronaldão e Raí. Muitos vestiam camisetas amarelas, numa referência às sucessivas falhas do time em momentos decisivos.

Batata, entretanto, prometeu que a organizada não vestirá amarelo e irá apoiar o time contra a Ponte Preta, no próximo sábado, no Morumbi. "A gente protestou domingo contra o Rogério e o Luis Fabiano porque, no nosso entender, perdemos a Libertadores por causa deles [o time foi eliminado nas semifinais pelo colombiano Once Caldas]. Além disso, o Rogério falhou na Colômbia, em Belém [derrota por 1 a 0 para o Paysandu] e agora. Eles são as estrelas da equipe. Quando vencem são os heróis, mas também podem ser criticados quando perdem. Não estamos perseguindo ninguém", disse Batata.

Reaproximação

A Tricolor Independente quer se reunir nesta semana com o time para tentar uma reaproximação com os jogadores e selar a "paz" com Luis Fabiano e Rogério Ceni.

"Nosso protesto não foi bem interpretado pelos jogadores. Vamos querer falar com eles, principalmente com o Luis Fabiano, para que não fique a imagem de que nós estamos querendo que ele deixe o clube. Queremos que ele, o Rogério e todos fiquem. Não queremos que aconteça com ele [Luis Fabiano] o que ocorreu com o Kaká, que saiu [se transferiu para o Milan em 2003] achando que a gente havia pedido a cabeça dele", disse Batata.

O presidente da organizada também pretende se encontrar com a diretoria. "Queremos pedir transparência aos dirigentes nessa questão envolvendo a possível venda do Luís Fabiano [que está sendo sondado pelo Porto-POR]. Também queremos reforços: um meia e um lateral-esquerdo".

Especial
  • Arquivo: Veja o que já foi publicado sobre o São Paulo
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