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09/02/2005
-
10h20
EDUARDO ARRUDA
RICARDO PERRONE
da Folha de S.Paulo
Um mês depois de começar a investigar a parceria MSI/Corinthians, o Ministério Público de São Paulo já tem "indícios muito fortes de lavagem de dinheiro". Essa é a conclusão do promotor José Reinaldo Guimarães Carneiro, um dos responsáveis pelo caso no Gaeco, grupo de combate ao crime organizado do órgão.
É a primeira vez que um funcionário do Ministério Público diz publicamente ter pistas de que a MSI veio ao país tornar legal dinheiro obtido irregularmente.
"Todas as pessoas que conversaram com a gente esconderam a identidade dos investidores. É um indício de lavagem", afirmou.
Outra pergunta do Gaeco não respondida é sobre a origem do dinheiro. O valor pago por Tevez, cerca de R$ 60 milhões, é um terceiro fator a reforçar a suspeita.
"Sempre que há grande investimento sem retorno há lavagem. Se conseguirem me convencer que daqui a três anos que o Tevez pode ser vendido por três vezes mais do que gastaram, tudo bem."
O quadro financeiro do futebol brasileiro aumenta a desconfiança do Gaeco. "Por que alguém investiria tanto num produto deficitário como o futebol brasileiro?"
Entre os que já conversaram com os promotores está Alexandre Verri, um dos sócios do escritório Veirano Advogados, contratado por Kia. Os outros ouvidos estão ligados ao clube e à MSI. Os nomes não foram revelados.
Na conversa, Verri, que aparecia como sócio no primeiro registro da MSI brasileira, não sanou as dúvidas do Ministério Público. Por meio de sua assessoria, o advogado confirmou o contato. "Disse que conheço o Kia, ele é investidor e administrador."
Kia não tem o seu nome nesse contrato. Ele não pode assinar documentos profissionais no Brasil por não ter visto de trabalho. Tem uma permissão para negociar, que expira hoje, segundo a PF. O iraniano será ouvido formalmente pelos promotores.
Serão chamados também, além de Verri, os advogados Maurício Fleury e Carlos Fernando Marques, que assinam como sócios da MSI brasileira, dirigentes e conselheiros corintianos.
A investigação começou depois de o deputado estadual Romeu Tuma Júnior (PPS-SP) entregar um dossiê com dados sobre Kia.
O Banco Central também investiga a compra de Tevez e desconfia que a operação pode configurar lavagem de dinheiro.
Especial
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Promotor diz ter indícios de que a MSI lava dinheiro
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RICARDO PERRONE
da Folha de S.Paulo
Um mês depois de começar a investigar a parceria MSI/Corinthians, o Ministério Público de São Paulo já tem "indícios muito fortes de lavagem de dinheiro". Essa é a conclusão do promotor José Reinaldo Guimarães Carneiro, um dos responsáveis pelo caso no Gaeco, grupo de combate ao crime organizado do órgão.
É a primeira vez que um funcionário do Ministério Público diz publicamente ter pistas de que a MSI veio ao país tornar legal dinheiro obtido irregularmente.
"Todas as pessoas que conversaram com a gente esconderam a identidade dos investidores. É um indício de lavagem", afirmou.
Outra pergunta do Gaeco não respondida é sobre a origem do dinheiro. O valor pago por Tevez, cerca de R$ 60 milhões, é um terceiro fator a reforçar a suspeita.
"Sempre que há grande investimento sem retorno há lavagem. Se conseguirem me convencer que daqui a três anos que o Tevez pode ser vendido por três vezes mais do que gastaram, tudo bem."
O quadro financeiro do futebol brasileiro aumenta a desconfiança do Gaeco. "Por que alguém investiria tanto num produto deficitário como o futebol brasileiro?"
Entre os que já conversaram com os promotores está Alexandre Verri, um dos sócios do escritório Veirano Advogados, contratado por Kia. Os outros ouvidos estão ligados ao clube e à MSI. Os nomes não foram revelados.
Na conversa, Verri, que aparecia como sócio no primeiro registro da MSI brasileira, não sanou as dúvidas do Ministério Público. Por meio de sua assessoria, o advogado confirmou o contato. "Disse que conheço o Kia, ele é investidor e administrador."
Kia não tem o seu nome nesse contrato. Ele não pode assinar documentos profissionais no Brasil por não ter visto de trabalho. Tem uma permissão para negociar, que expira hoje, segundo a PF. O iraniano será ouvido formalmente pelos promotores.
Serão chamados também, além de Verri, os advogados Maurício Fleury e Carlos Fernando Marques, que assinam como sócios da MSI brasileira, dirigentes e conselheiros corintianos.
A investigação começou depois de o deputado estadual Romeu Tuma Júnior (PPS-SP) entregar um dossiê com dados sobre Kia.
O Banco Central também investiga a compra de Tevez e desconfia que a operação pode configurar lavagem de dinheiro.
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