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14/04/2005
-
11h30
da Folha Online
Os jornais Clarín e La Nación não fizeram críticas ao zagueiro argentino Leandro Desábato, do Quilmes, que foi detido pela polícia, após a partida contra o São Paulo, no Morumbi, pela Libertadores, acusado de ter ofendido com palavras racistas o atacante Grafite, que é negro. O teor das declarações não foi divulgado.
Os dois principais diários da Argentina comentaram que o atleta, que está detido no 34ºDP (Vila Sônia), na zona oeste de São Paulo, foi acusado de racismo por ter chamado o atacante são-paulino Grafite de "negro".
"A legislação aqui é muito dura, e o tema racial está na atualidade. Além disso, existe a clássica rivalidade futebolística entre argentinos e brasileiros", disse o consul argentino em São Paulo, Norberto Vidal, segundo o Clarín.
Em seu site, o La Nación apenas reproduziu uma matéria da agência espanhola Efe. Para os dois jornais, o zagueiro argentino do Quilmes deveria ser liberado nesta manhã, o que ainda não aconteceu.
Grafite só deixou o 34ºDP por volta das 5h desta madrugada. Leandro Desábato passou a madrugada em uma cela provisória da delegacia após prestar depoimento ao delegado Dejar Gomes Neto.
Desábato teria ofendido com palavras racistas o atacante Grafite nos acréscimos do primeiro tempo. Após o jogo, o delegado Osvaldo Nico Gonçalves, do Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos), entrou no gramado e avisou que levaria o argentino para a delegacia.
"Vi o Grafite manifestar que teria sido ofendido pelo adversário. É inadmissível um atleta estrangeiro vir ao país e dizer o que disse", afirmou Gonçalves, sobre o suposto crime de racismo de Desábato.
Segundo o canal Sportv, o inquérito já foi mandado para o fórum da Barra Funda. Dessa forma, os advogados do Desábato poderão tentar a liberação do atleta, que foi indiciado por injúria e difamação.
A delegação do time argentino ainda não voltou para Buenos Aires. O vôo fretado para a manhã desta quinta-feira foi cancelado e adiado para as 22h.
O São Paulo ganhou do Quilmes por 3 a 1 e assumiu a liderança da Chave 3, com oito pontos, contra sete da Universidad de Chile, que empatou ontem com o The Strongest (Bolívia) por 0 a 0.
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Jornais argentinos evitam críticas ao zagueiro do Quilmes
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Os jornais Clarín e La Nación não fizeram críticas ao zagueiro argentino Leandro Desábato, do Quilmes, que foi detido pela polícia, após a partida contra o São Paulo, no Morumbi, pela Libertadores, acusado de ter ofendido com palavras racistas o atacante Grafite, que é negro. O teor das declarações não foi divulgado.
Fernando Santos/FI |
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Jogador Leandro Desábato, detido ontem em SP |
"A legislação aqui é muito dura, e o tema racial está na atualidade. Além disso, existe a clássica rivalidade futebolística entre argentinos e brasileiros", disse o consul argentino em São Paulo, Norberto Vidal, segundo o Clarín.
Em seu site, o La Nación apenas reproduziu uma matéria da agência espanhola Efe. Para os dois jornais, o zagueiro argentino do Quilmes deveria ser liberado nesta manhã, o que ainda não aconteceu.
Grafite só deixou o 34ºDP por volta das 5h desta madrugada. Leandro Desábato passou a madrugada em uma cela provisória da delegacia após prestar depoimento ao delegado Dejar Gomes Neto.
Desábato teria ofendido com palavras racistas o atacante Grafite nos acréscimos do primeiro tempo. Após o jogo, o delegado Osvaldo Nico Gonçalves, do Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos), entrou no gramado e avisou que levaria o argentino para a delegacia.
"Vi o Grafite manifestar que teria sido ofendido pelo adversário. É inadmissível um atleta estrangeiro vir ao país e dizer o que disse", afirmou Gonçalves, sobre o suposto crime de racismo de Desábato.
Segundo o canal Sportv, o inquérito já foi mandado para o fórum da Barra Funda. Dessa forma, os advogados do Desábato poderão tentar a liberação do atleta, que foi indiciado por injúria e difamação.
A delegação do time argentino ainda não voltou para Buenos Aires. O vôo fretado para a manhã desta quinta-feira foi cancelado e adiado para as 22h.
O São Paulo ganhou do Quilmes por 3 a 1 e assumiu a liderança da Chave 3, com oito pontos, contra sete da Universidad de Chile, que empatou ontem com o The Strongest (Bolívia) por 0 a 0.
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