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04/06/2005 - 10h59

Seleção brasileira já se previne contra água "batizada"

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SÉRGIO RANGEL
da Folha de S.Paulo, em Teresópolis (RJ)

A seleção brasileira terá cuidado especial com a água que os jogadores vão beber na Argentina a partir de domingo, quando o elenco desembarca em Buenos Aires.

A comissão técnica já encomendou centenas de garrafas de água mineral para a AmBev, patrocinadora oficial da CBF.

No domingo, funcionários da empresa na Argentina vão entregar as garrafas, que ficarão guardadas com os roupeiros da seleção durante todo o período em que a equipe estiver fora do país.

A comissão técnica decidiu preservar os jogadores de um imprevisto na Argentina após Diego Maradona ter afirmado que o lateral-esquerdo Branco bebeu uma água "batizada"' na partida contra os argentinos pela Copa do Mundo de 1990, na Itália.

No ano passado, o ex-jogador disse que o técnico Carlos Bilardo havia preparado uma garrafa de água para os brasileiros. Na ocasião, a seleção perdeu por 1 a 0 e foi eliminada nas oitavas-de-final.

Depois da revelação de Maradona, o lateral Branco confirmou que se sentiu mal durante o jogo após beber a água "batizada".

Após a partida contra o Paraguai, domingo, no Beira-Rio, em Porto Alegre, a seleção seguirá para Buenos Aires, onde enfrentará os argentinos na quarta-feira --os ingressos estão esgotados.

Na segunda-feira, a comissão técnica fará um palestra para o elenco na qual pedirá aos atletas para evitarem beber água dos rivais no gramado do Monumental, estádio do River Plate.

"Fora de campo temos que tomar alguns cuidados especiais. Só vou beber água que estiver lacrada. Se o copo não estiver fechado, não bebo de jeito nenhum", disse o goleiro Marcos, do Palmeiras.

O zagueiro Roque Júnior, do Bayer Leverkusen (Alemanha), declarou não acreditar que o time argentino vá repetir a estratégia da Copa da Itália, mas acrescentou que também estará alerta.

"Acho que isso é coisa de antigamente. Confio nas providências que a comissão técnica da seleção vai tomar", comentou.

O técnico Carlos Alberto Parreira é outro que não crê que os argentinos repetirão a "água batizada" da Copa de 1990. Mas aprovou a providência: "Agora não tem esse problema. Vamos beber sempre a nossa água lá".

Branco, hoje coordenador das divisões de base da CBF, aprovou a idéia da comissão técnica."'Se deixar, eles aproveitam. Temos que tomar todos os cuidados necessários. Não podemos bobear contra os argentinos", afirmou.

Já a alimentação em Buenos Aires não preocupa tanto a comissão técnica da equipe brasileira. Os jogadores terão somente um cardápio especial elaborado pela nutricionista da seleção.

"Espero que eles [argentinos] não entrem nessa de voltar no tempo e colocar alguma coisa na comida", comentou Parreira.

Além de providenciar garrafas d'água, a CBF também reforçará a segurança na capital argentina.

A entidade teme represálias da torcida adversária depois da prisão do zagueiro Desábato, do Quilmes, em São Paulo.

Há cerca de dois meses, o argentino foi preso depois de o atacante Grafite, do São Paulo, tê-lo denunciado por racismo. Desábato ficou detido dois dias em delegacias da capital paulista.

Os dirigentes não revelaram o número de profissionais que trabalharão em Buenos Aires junto da delegação brasileira, mas admitiram que deslocarão um número maior de seguranças.

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