Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
19/12/2005 - 09h17

São-paulinos buscam estímulo em crise e ironizam Corinthians

Publicidade

TONI ASSIS
da Folha de S.Paulo, no Japão

O São Paulo conseguiu em Yokohama unir o útil --superar uma crise no grupo para ganhar o tricampeonato mundial-- ao agradável --tirar uma casquinha de seu maior rival doméstico, o Corinthians.

Após uma semana conturbada, tomada por problemas com a premiação (acertada, afinal, em torno de R$ 120 mil pela taça) e até atritos entre Amoroso e o presidente do clube, Marcelo Portugal Gouvêa, o time do Morumbi deu a volta por cima ao melhor estilo.

A guinada, diriam os jogadores após a partida, ganhou força quando viram um torcedor corintiano invadir o campo, logo a 3 minutos de jogo.

"Quando vi o torcedor entrar no gramado, fui em direção a ele. A gente nunca sabe o que uma pessoa dessas vai fazer. Depois que vi as provocações. Ele estava com bichos de pelúcia. Isso deu mais vontade para a gente de vencer", afirmou Amoroso, que seguiu nas suas provocações.

O corintiano que invadiu o campo é o espanhol Albert Monte. Com um bambi de pelúcia nas mãos, enroscou-se nas redes do gol de Rogério, interrompendo a partida por 4 minutos. Ele já entrara no gramado na semifinal da Copa das Confederações, na Alemanha, em junho -e atirou uma bandeira corintiana em Robinho.

Após o título, Amoroso provocou o rival. "Agora que o jogo acabou e fomos campeões, o choro é livre. Para ser campeão, é preciso atravessar o oceano e ganhar a Libertadores, o que não é o caso do Corinthians", alfinetou.

Mas o que estava saindo em tom de ironia ganhou contornos de desabafo. "Falaram muita besteira. Devia ser coisa de corintiano [disse referindo-se aos jornalistas] ou de anti-são-paulino mesmo."

O zagueiro Edcarlos, muito criticado pela atuação irregular contra o Al Ittihad, também reclamou. "Fomos criticados injustamente por muitas coisas. Mas no futebol aprendi que você tem de provar jogo a jogo. Fomos bem contra o Liverpool e somos campeões", afirmou o zagueiro.

O volante Josué falou que a crise criada foi um fato que uniu o grupo ainda mais em torno do título. "Entramos determinados a ganhar e mostramos que tínhamos força para vencer os ingleses", reconheceu o camisa 8.

Mas, se o time tentava dar o ar de que a crise alardeada pela imprensa não tinha fundamento, o meia Souza veio na contramão. Magoado por não ter sido utilizado em nenhum dos dois jogos, ele anunciou que está indo embora.

"Meu ciclo no São Paulo está encerrado. Vim aqui para jogar, me preparei, as pessoas foram no meu quarto dizer que eu entraria no jogo, e nada. Não participei de nada", falou o meia, que ganhou espaço justamente com a chegada de Autuori no Morumbi.

Surpreso, o vice de futebol, Juvenal Juvêncio, prometeu demovê-lo da idéia. "Ele é um grande jogador e tenho certeza que vai rever isso."

Outro jogador que pode defender uma outra camisa em 2006 é Amoroso. Ele disse que a a renovação de seu contrato só deve ser definida em janeiro.

"Sou jogador do São Paulo até o dia 31 de dezembro. Meu procurador é que vai cuidar disso. Agora quero viajar e descansar", explicou o atacante, que tem um pré-contrato assinado com o FC Tokyo, mas afirma que a prioridade é são-paulina.

"A questão é sentar e conversar", afirmou. Ele deseja três anos de contrato, enquanto o São Paulo só aceita renovar por duas temporadas.

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre o São Paulo
  • Leia cobertura completa sobre o Mundial de Clubes
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página