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Executivo brasileiro não está preparado para a Internet

da Folha Online

Adriana Elias/Folha Imagem
Luciano Pires, diretor de marketing durante palestra
Executivos despreparados, visão errada do mercado, o fim colocado como meio (ou início), investimento direcionado para o lugar errado. Foi grande o número de problemas apresentados pelo diretor de marketing da DANA Corporation, uma corporação de empresas produtoras de autopeças, fundada nos EUA em 1904 e que atua no Brasil desde 1957, Luciano Pires, durante a palestra "E-Agora?", promovida quarta (7/6) pela Folha como parte do ciclo quinzenal Arena do Marketing.
Brincando com os espectadores, Pires lembrou que os executivos de 40 e poucos anos, dirigentes das empresas tradicionais, pensam ainda em Elisabeth Montgomery quando ouvem falar de feiticeira. "Esse pessoal não sabe nem direito abrir o Word e está vendo o crescimento alarmante do e-business. Nós somos uma nova classe, os e-nergúmenos. Não sabemos nem usar todos os recursos do e-mail direito."
E isso está acontecendo em um cenário mundial no qual uma empresa como a tradicional casa de leilões inglesa Sotheby's, fundada em 1744, com 1.920 funcionários, vale US$ 1,21 bilhão, diante da e-Bay, empresa virtual de leilões na Internet, criada em 1995, com 140 empregados e que vale US$ 25,8 bi.
"Imagine que o patrimônio físico desses caras é, teoricamente, um escritório mínimo, com alguns computadores. Enquanto a GM investe US$ 600 milhões para erguer uma nova fábrica, eles investem US$ 500 milhões, mas 90% disso é em propaganda, é para atrair 'eyeballs', visitantes, o verdadeiro valor dessas novas empresas", disse Pires
Na tentativa de reproduzir sucessos como o da e-Bay, os "e-nergúmenos" acabam se atolando mais ainda, segundo Pires. "Existe hoje em dia uma praga chamada webdesigner. Ele é o cara que faz maravilhas no visual do site, mas não dá uma finalidade para ele. Vale mais entrar com modéstia no ar, com o apoio de um planejador, um 'webstrategist', do que jogar um monte de coisa sem sentido para o consumidor", afirmou Pires.
Outro problema é a impressão de que máquinas modernas e técnicos resolvem problemas. "Hardware, software e gente para ligar isso tudo, o dinheiro compra, e a velocidade de evolução da tecnologia torna obsoleto. O que falta é pessoal para entender o funcionamento desses sistemas e pensar a evolução de maneira criativa. Enquanto lá fora 90% do dinheiro vai para o salário desse pessoal e 10% para o treinamento, aqui é 10% de salário e 90% de treinamento", disse o palestrante.
A solução para quem quer entrar com os dois pés na rede, segundo Pires, é, por exemplo, lançar um site em intranet (rede interna), fazer a empresa entender o que aquilo significa (e aprender a lidar com a nova mídia, ou seja, criar pessoal na própria casa minimamente apto a lidar com o sistema) e depois buscar o consumidor. "Não adianta ter um site no ar se os próprios funcionários não acessam, não sabem da existência daquilo. E isso acontece muito."
E o que fazer com quem, na empresa, continuar não entendendo (ou não querendo entender) do assunto? "Construa um muro de 25 metros em volta da firma, tampe e encha de água com essas pessoas lá dentro", sentenciou, brincando, Pires.


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