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22/12/2003
-
10h12
RICARDO TIBIU
free-lance para a Folha de S.Paulo
Quem observa o ativo cenário independente sabe que o ano foi agitado, e narrar o retrospecto não é tarefa fácil. Parece que a era dos festivais, felizmente, voltou. Prova disso foram o Abril Pro Rock, em Recife (PE), e o Goiânia Noise, em novembro, que contou com os japoneses do Guitar Wolf. Ainda por lá, mas em maio, o Bananada, com 36 bandas, o Mada, em Natal (RN), o Ruído, no Rio de Janeiro (RJ), e o Porão do Rock em Brasília (DF), em julho. Em setembro, o Indie Rock Brasil, em Minas, e o Punktoberfest, em Curitiba (PR), ambos com a presença da revelação Borderlinerz. Em São Paulo (SP), mantém-se bimestralmente há sete anos a Verdurada, organizada pela cena "straight edge", vertente do punk que apóia o estilo de vida livre de drogas e luta pela proteção dos animais.
Neste ano, passaram por lá Nueva Etica (Argentina), Vitamin X (Holanda) e Highscore (Alemanha). Ainda nesse meio, as nacionais Discarga e I Shot Cyrus lançaram excelentes CDs e levaram fastcore para a Europa entre julho e agosto. Em Campinas (SP), nasceu o AutoRock, revivendo o clima indie do Junta Tribo de dez anos atrás. Como nem tudo são flores, o Dia D, em Vitória (ES), foi adiado na hora "H" e deixou público e bandas a verem navios.
A MTV, no VMB deste ano, mudou a categoria "Melhor Democlipe" para "Melhor Clipe Independente". Os indicados capricharam nos clipes, e o veterano Ratos de Porão levou o troféu por "Próximo Alvo". Estava bem acompanhado: De Falla, Cachorro Grande, Forgotten Boys e Mukeka di Rato.
O MC mais mala, o niteroiense De Leve, difundiu seu deboche no formidável "Estilo Foda-se". Ainda no rap, BNegão botou em banca "Enxugando Gelo", sob a batuta de Lobão.
E, se no futebol o ano foi do Cruzeiro, atitude campeã teve a torcida Galö Metal, do Atlético Mineiro, que lançou uma coletânea com 13 bandas de variadas vertentes do rock, enaltecendo o time.
Prova de que independência também é sinônimo de vida longa e atividade contínua, Garotos Podres preparou "Garotozil de Podrezepam", seu sétimo disco.
A Submarine Recs, de Minas, uniu, num ótimo CD, o pós-rock de The Eternals (Chicago) e dos paulistanos do Hurtmold, com direito a turnê no Brasil.
O Dominatrix, maior nome feminista nacional, voltou de um giro nos EUA, rendendo 14 shows e gravação de um EP. Trouxe ainda o duo americano The Haggard para uma excursão.
Passaram por aqui também Motosierra (Uruguai), Gee Strings e Terrorgroupe (Alemanha), Bambix (Holanda), Guitar Gangsters (Inglaterra), Riistetyt (Finlândia) e Pulley (Califórnia). Este último rodou o país ao lado do Dead Fish, que lançou o frenético "Ao Vivo". É isso aí, e o ano que vem tem muito mais.
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Quem observa o ativo cenário independente sabe que o ano foi agitado, e narrar o retrospecto não é tarefa fácil. Parece que a era dos festivais, felizmente, voltou. Prova disso foram o Abril Pro Rock, em Recife (PE), e o Goiânia Noise, em novembro, que contou com os japoneses do Guitar Wolf. Ainda por lá, mas em maio, o Bananada, com 36 bandas, o Mada, em Natal (RN), o Ruído, no Rio de Janeiro (RJ), e o Porão do Rock em Brasília (DF), em julho. Em setembro, o Indie Rock Brasil, em Minas, e o Punktoberfest, em Curitiba (PR), ambos com a presença da revelação Borderlinerz. Em São Paulo (SP), mantém-se bimestralmente há sete anos a Verdurada, organizada pela cena "straight edge", vertente do punk que apóia o estilo de vida livre de drogas e luta pela proteção dos animais.
Neste ano, passaram por lá Nueva Etica (Argentina), Vitamin X (Holanda) e Highscore (Alemanha). Ainda nesse meio, as nacionais Discarga e I Shot Cyrus lançaram excelentes CDs e levaram fastcore para a Europa entre julho e agosto. Em Campinas (SP), nasceu o AutoRock, revivendo o clima indie do Junta Tribo de dez anos atrás. Como nem tudo são flores, o Dia D, em Vitória (ES), foi adiado na hora "H" e deixou público e bandas a verem navios.
A MTV, no VMB deste ano, mudou a categoria "Melhor Democlipe" para "Melhor Clipe Independente". Os indicados capricharam nos clipes, e o veterano Ratos de Porão levou o troféu por "Próximo Alvo". Estava bem acompanhado: De Falla, Cachorro Grande, Forgotten Boys e Mukeka di Rato.
O MC mais mala, o niteroiense De Leve, difundiu seu deboche no formidável "Estilo Foda-se". Ainda no rap, BNegão botou em banca "Enxugando Gelo", sob a batuta de Lobão.
E, se no futebol o ano foi do Cruzeiro, atitude campeã teve a torcida Galö Metal, do Atlético Mineiro, que lançou uma coletânea com 13 bandas de variadas vertentes do rock, enaltecendo o time.
Prova de que independência também é sinônimo de vida longa e atividade contínua, Garotos Podres preparou "Garotozil de Podrezepam", seu sétimo disco.
A Submarine Recs, de Minas, uniu, num ótimo CD, o pós-rock de The Eternals (Chicago) e dos paulistanos do Hurtmold, com direito a turnê no Brasil.
O Dominatrix, maior nome feminista nacional, voltou de um giro nos EUA, rendendo 14 shows e gravação de um EP. Trouxe ainda o duo americano The Haggard para uma excursão.
Passaram por aqui também Motosierra (Uruguai), Gee Strings e Terrorgroupe (Alemanha), Bambix (Holanda), Guitar Gangsters (Inglaterra), Riistetyt (Finlândia) e Pulley (Califórnia). Este último rodou o país ao lado do Dead Fish, que lançou o frenético "Ao Vivo". É isso aí, e o ano que vem tem muito mais.
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