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28/09/2006 - 12h07

Museu chinês recupera retrato mais famoso de Mao Tsé-Tung

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da Efe, em Pequim

O Museu Nacional da China adquiriu, após uma longa polêmica, o retrato original de Mao Tsé-Tung que serviu de modelo para o painel da Praça da Paz Celestial, informou nesta quinta-feira o jornal "Nova Pequim".

O museu, situado na ala oriental da praça, incluirá a partir de agora em sua coleção o quadro pintado nos anos 50 por Zhang Zhenshi, então "pintor de câmara" do Grande Timoneiro.

A obra esteve durante décadas nos Estados Unidos e era propriedade de um colecionador americano de origem chinesa. Houve uma tentativa de leilão em Pequim no primeiro semestre, que gerou uma grande polêmica. Muitos cidadãos chineses se opuseram à idéia de que a quase sagrada imagem de Mao fosse vendida pelo maior lance.

Sob pressão da imprensa e da opinião pública, a casa de leilões Huachen decidiu cancelar o leilão e vender diretamente a obra às autoridades chinesas.

Os diretores do museu não revelaram o valor da compra, mas a avaliação é de algo próximo a US$ 150 mil, preço mínimo previsto para o leilão.

Os especialistas do museu afirmaram na quarta-feira que o quadro "tem um significado especial na história das artes da China no século 20", além de um grande valor histórico, o que justificou a aquisição.

Reproduções mais ou menos fiéis do quadro decoraram a famosa porta vermelha da Praça da Paz Celestial durante os anos 50 e 60. Elas eram trocadas periodicamente, para evitar que o rosto do líder chinês se deteriorasse.

O quadro, atualmente em exibição na Praça da Paz Celestial, é similar ao original. Porém, apresenta uma ligeira variação: o anterior apresentava Mao ligeiramente inclinado, mostrando apenas uma orelha, enquanto no atual o falecido líder olha completamente de frente, aparecendo as duas orelhas.

A mudança aconteceu durante a Revolução Cultural (1966-76). Segundo os historiadores, o objetivo foi "demonstrar que Mao escutava o que dizia todo o povo e não só os poucos escolhidos."

O Escritório Estatal de Relíquias Culturais, que decidiu recuperar o quadro, promove atualmente uma agressiva campanha para recuperar as diversas obras de arte chinesas levadas ilegalmente a outros países nos séculos 19 e 20.

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