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25/03/2007 - 21h14

Musical "Sassaricando" fala de costumes cariocas

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CARMEN POMPEU
da Folha Online, em Curitiba

O destaque da mostra oficial do 16º FTC (Festival de Teatro de Curitiba) na segunda-feira (26) é um musical que retrata a sociedade carioca entre os anos de 1920 e 1970. O FTC foi aberto no dia 21 e prossegue até o dia 1º de abril.

"Sassaricando", da companhia Tema Eventos Culturais, do Rio será apresentado segunda-feira (26) e terça-feira (27), às 20h30, no auditório Bento Munhoz da Rocha Netto (o "Guairão").

Divulgação
Musical "Sassaricando" fala sobre costumes cariocas<BR>
Musical "Sassaricando" fala sobre costumes cariocas
A peça é uma crônica da vida e dos costumes da vida da "cidade maravilhosa", que usa a brejeirice, o humor e a malícia de quase uma centena de marchas de carnaval compostas por Noel Rosa, Lamartine Babo, Haroldo Barbosa e João de Barro, o "Braguinha".

Para concepção da montagem, foram ouvidas mais de mil canções. Além do comportamento da época, o musical aborda assuntos como gastronomia, relações amorosas e até de preconceitos.

Tudo interpretado por um elenco veterano em musicais como Eduardo Dussek, Soraya Ravenle e Sabrina Korgut, além dos estreantes Pedro Paulo Malta, Alfredo Del Penho e Juliana Diniz, cantores neófitos em teatro, porém velhos conhecidos por quem freqüenta o circuito de samba da Lapa.

Responsáveis pela direção geral, pesquisa e roteiro de "Sassaricando", Sérgio Cabral e Rosa Maria Araújo escolheram Cláudio Botelho para assinar a direção cênica e Renato Vieira, a coreografia. Charles Möeller é responsável pelos cenários, enquanto Marcelo Marques e Paulo César Medeiros, respectivamente, cuidam dos figurinos e da iluminação.

Como diretor musical do espetáculo, coube a Luis Filipe de Lima criar os arranjos e comandar a banda que acompanhará, ao vivo, o elenco. Banda que reúne desde os irmãos Henrique e Beto Cazes a Silvério Pontes, Oscar Bolão e Dirceu Leite.

Cláudio Botelho nunca foi especialmente ligado em marchinhas, mas diz que se apaixonou pelo projeto assim que o conheceu. "Depois que ouvi a master do CD é que me dei conta do quanto as músicas eram teatrais, pois todas contam uma historinha. Tratei-as como material dramático, eliminando as repetições de refrões e condensando várias delas em 'pot-pourris' para dar fluidez à cena", diz.

O público assistirá ao desfile de mais de cem marchinhas de carnaval, em quase duas horas de espetáculo, dividido em dois atos. Os seis atores se revezam em inúmeros personagens, de acordo com as situações descritas nas canções.

"É uma espécie de revista, mas não nos moldes da brasileira. É a 'revue' americana, que apresenta um conjunto de obras, ou mesmo de idéias, mas sem um enredo definido. Não há falas, no nosso caso o texto são as próprias marchinhas de carnaval. O espetáculo faz um panorama desse tipo de composição", explica.

O cenário criado por Charles Möeller remete a um suntuoso baile de carnaval "art-déco". "Os músicos estarão vestidos como se estivessem tocando em um grande baile dos anos 40 e 50", revela Cláudio.

Ele acrescenta que "Sassaricando" é sobre a música de carnaval, mas não sobre o carnaval em si: "Evitei carnavalizar demais o espetáculo. Os figurinos são mais funcionais, despojados, pois quero o foco nas canções e nos atores-cantores".

Diretor musical de "Sassaricando", Luis Filipe de Lima criou novos arranjos para o espetáculo, mas optou por manter o espírito das gravações originais. "Não tenho a pretensão de reinventar as marchinhas, mas criei arranjos contemporâneos, preservando a alegria e o bom humor que são peças chaves nessas composições".

Luis Filipe recriou também as introduções de mais de 90% das marchinhas selecionadas para a montagem. "Decidi não alterar apenas clássicos como 'Cidade Maravilhosa' e 'O Teu Cabelo Não Nega', que estão presentes na memória de todo mundo, e preservei ainda algumas composições da década de 30, que têm os mais belos arranjos já criados para o gênero".

O espetáculo terá ainda projeções de filmes e imagens da época ilustrando a ação. "Os vídeos ajudam a contextualizar historicamente o que está sendo mostrado no palco. Eles são o registro visual de um Rio antigo e do maravilhoso universo das marchinhas", finaliza Rosa.

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