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02/06/2005
-
11h32
JULIANA CARPANEZ
da Folha Online
Depois da febre de adesão à rede de relacionamentos Orkut, muitos dos usuários da ferramenta se desencantaram com o serviço do Google e partiram para uma nova onda ligada à tecnologia: o orkuticídio. Como o nome indica, essa é uma espécie de suicídio virtual, em que o internauta deleta seu perfil do Orkut, some da página dos amigos e, geralmente, jura querer distância do site (pelo menos até criar um novo perfil).
Um dos principais motivos para a solução radical do universo on-line é a invasão de privacidade. Antes de acabar com sua vida virtual por se sentir exposto, o jornalista Gustavo Schor, 25, escreveu um e-mail de despedida que enviou aos amigos --via Orkut, é claro.
"Cansei de saberem tudo da minha vida --mesmo coisas banais. Quem quiser saber se fumo ou não, que me pergunte", diz a mensagem. Schor, que encontrou cerca de 390 amigos e colegas em um ano de Orkut, também se irritou com a idéia de "adicionar" pessoas. "Estava quase me sentindo um attachment", afirma.
O joalheiro Juliano Vidal, 33, também encerrou sua conta pela questão da privacidade. "O Orkut representa uma invasão violenta, as informações ficam muito expostas", diz. Como não há uma maneira mais reservada para as pessoas conversarem no Orkut, Vidal deixou a ferramenta de lado e optou por se relacionar virtualmente com os amigos via e-mail ou MSN Messenger.
O orkuticídio é uma tendência natural, pois está ligado a uma ferramenta totalmente desconhecida que, em poucos meses, tornou-se fenômeno entre os internautas --hoje há cerca de 5,9 milhões de usuários cadastrados, sendo que 70% deles se declaram brasileiros.
"As pessoas passaram por uma fase de testes para entender como o Orkut funciona. Era difícil ter essa noção de privacidade no começo e, por isso, muitas delas sentiram o impacto negativo da exposição", afirma Erick Itakura, psicólogo e pesquisador do NPPI (Núcleo de Pesquisa da Psicologia em Informática), da PUC-SP.
Como conseqüência do exagero, muitos viram o lado negativo da ferramenta, optaram por ser anônimos no universo virtual e clicaram no "encerrar conta". Sem considerar os "chiliques inesperados" do Orkut, como o próprio site descreve sua instabilidade, o processo de encerramento leva apenas alguns minutos.
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Um dos principais motivos para a solução radical do universo on-line é a invasão de privacidade. Antes de acabar com sua vida virtual por se sentir exposto, o jornalista Gustavo Schor, 25, escreveu um e-mail de despedida que enviou aos amigos --via Orkut, é claro.
"Cansei de saberem tudo da minha vida --mesmo coisas banais. Quem quiser saber se fumo ou não, que me pergunte", diz a mensagem. Schor, que encontrou cerca de 390 amigos e colegas em um ano de Orkut, também se irritou com a idéia de "adicionar" pessoas. "Estava quase me sentindo um attachment", afirma.
O joalheiro Juliano Vidal, 33, também encerrou sua conta pela questão da privacidade. "O Orkut representa uma invasão violenta, as informações ficam muito expostas", diz. Como não há uma maneira mais reservada para as pessoas conversarem no Orkut, Vidal deixou a ferramenta de lado e optou por se relacionar virtualmente com os amigos via e-mail ou MSN Messenger.
O orkuticídio é uma tendência natural, pois está ligado a uma ferramenta totalmente desconhecida que, em poucos meses, tornou-se fenômeno entre os internautas --hoje há cerca de 5,9 milhões de usuários cadastrados, sendo que 70% deles se declaram brasileiros.
"As pessoas passaram por uma fase de testes para entender como o Orkut funciona. Era difícil ter essa noção de privacidade no começo e, por isso, muitas delas sentiram o impacto negativo da exposição", afirma Erick Itakura, psicólogo e pesquisador do NPPI (Núcleo de Pesquisa da Psicologia em Informática), da PUC-SP.
Como conseqüência do exagero, muitos viram o lado negativo da ferramenta, optaram por ser anônimos no universo virtual e clicaram no "encerrar conta". Sem considerar os "chiliques inesperados" do Orkut, como o próprio site descreve sua instabilidade, o processo de encerramento leva apenas alguns minutos.
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