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21/11/2006
-
08h29
da Folha Online
Iraque e Síria anunciaram nesta terça-feira a retomada das relações diplomáticas entre os dois países vizinhos, após 25 anos de ruptura.
"Os últimos acertos entre autoridades sírias e iraquianas já foram feitos, dando início a uma nova era, com a colaboração dos irmãos sírios na manutenção da segurança e da estabilidade no Iraque, e a restauração completa das relações diplomáticas", disse o porta-voz Ali al Dabbagh.
O ministro sírio das Relações Exteriores, Walid Moallem, chegou ao Iraque no domingo (19), na primeira visita de uma autoridade Síria ao país desde 2003, ainda durante o regime de Saddam Hussein. Ele deve retornar a Damasco nesta terça-feira.
Segundo fontes do Ministério de Relações Exteriores iraquiano, Zebari e Moallem assinaram um acordo no qual nomearam dois embaixadores em Damasco e Bagdá, e decidiram içar as bandeiras dos dois países sobre suas embaixadas nas duas capitais.
De acordo com Zebari, os nomes dos embaixadores deve ser anunciado em breve.
Damasco rompeu relações diplomáticas com Bagdá em 1982, após acusar o Iraque de incitar revoltas protagonizadas pelos Irmãos Muçulmanos naquele ano na Síria. Além disso, Damasco foi o único governo árabe a apoiar Teerã na guerra entre Irã e Iraque (1980-1988).
Ambos os países restabeleceram relações comerciais nos últimos anos do regime de Saddam, mas desde sua queda, em abril de 2003, nenhum ministro sírio havia viajado a Bagdá.
O governo iraquiano espera que a aproximação com Damasco ajude n os esforços para reduzir a incessante violência no Iraque por meio de uma ampla cooperação entre os dois países.
Autoridades americanas e iraquianas acusam a Síria de não fazer o suficiente para impedir a infiltração de terroristas no Iraque por meio da fronteira comum, o que Damasco rejeita.
A visita de Moallem ao Iraque coincidiu com os chamados nos EUA a favor de um papel sírio e iraniano no restabelecimento da segurança neste país árabe, e o apoio ao plano de reconciliação nacional do premiê iraquiano, o xiita Nouri al Maliki.
Tropas
Nesta segunda-feira, o jornal americano "Washington Post" informou que o Pentágono elaborou um relatório sobre o conflito no Iraque no qual recomenda o aumento temporário das tropas lideradas pelos EUA no país.
Segundo o documento, há três saídas para o Iraque: enviar mais tropas o país, diminuir as já destacadas e ficar mais tempo, ou retirar rapidamente os soldados americanos.
As três opções foram batizadas de "Go Big" [enviar mais tropas], "Go Long" [diminuir as tropas e mantê-las mais tempo] e "Go Home" [retirar as tropas].
De acordo com a proposta, a melhor opção seria um caminho híbrido entre a primeira e a segunda opções. Um aumento inicial das tropas seria de 20 a 30 mil soldados adicionais, além dos 140 mil já presentes no país, para conter a violência.
Após esse período inicial, haveria uma diminuição para 60 mil efetivos, segundo o documento.
Em visita à Indonésia, o presidente americano, George W. Bush, negou nesta segunda-feira que tenha tomado uma decisão de retirar as tropas americanas no Iraque ou enviar mais soldados ao país, dizendo que aguarda recomendações do Exército.
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Após 25 anos, Iraque e Síria retomam relações diplomáticas
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Iraque e Síria anunciaram nesta terça-feira a retomada das relações diplomáticas entre os dois países vizinhos, após 25 anos de ruptura.
"Os últimos acertos entre autoridades sírias e iraquianas já foram feitos, dando início a uma nova era, com a colaboração dos irmãos sírios na manutenção da segurança e da estabilidade no Iraque, e a restauração completa das relações diplomáticas", disse o porta-voz Ali al Dabbagh.
O ministro sírio das Relações Exteriores, Walid Moallem, chegou ao Iraque no domingo (19), na primeira visita de uma autoridade Síria ao país desde 2003, ainda durante o regime de Saddam Hussein. Ele deve retornar a Damasco nesta terça-feira.
Segundo fontes do Ministério de Relações Exteriores iraquiano, Zebari e Moallem assinaram um acordo no qual nomearam dois embaixadores em Damasco e Bagdá, e decidiram içar as bandeiras dos dois países sobre suas embaixadas nas duas capitais.
De acordo com Zebari, os nomes dos embaixadores deve ser anunciado em breve.
Damasco rompeu relações diplomáticas com Bagdá em 1982, após acusar o Iraque de incitar revoltas protagonizadas pelos Irmãos Muçulmanos naquele ano na Síria. Além disso, Damasco foi o único governo árabe a apoiar Teerã na guerra entre Irã e Iraque (1980-1988).
Ambos os países restabeleceram relações comerciais nos últimos anos do regime de Saddam, mas desde sua queda, em abril de 2003, nenhum ministro sírio havia viajado a Bagdá.
O governo iraquiano espera que a aproximação com Damasco ajude n os esforços para reduzir a incessante violência no Iraque por meio de uma ampla cooperação entre os dois países.
Autoridades americanas e iraquianas acusam a Síria de não fazer o suficiente para impedir a infiltração de terroristas no Iraque por meio da fronteira comum, o que Damasco rejeita.
A visita de Moallem ao Iraque coincidiu com os chamados nos EUA a favor de um papel sírio e iraniano no restabelecimento da segurança neste país árabe, e o apoio ao plano de reconciliação nacional do premiê iraquiano, o xiita Nouri al Maliki.
Tropas
Nesta segunda-feira, o jornal americano "Washington Post" informou que o Pentágono elaborou um relatório sobre o conflito no Iraque no qual recomenda o aumento temporário das tropas lideradas pelos EUA no país.
Segundo o documento, há três saídas para o Iraque: enviar mais tropas o país, diminuir as já destacadas e ficar mais tempo, ou retirar rapidamente os soldados americanos.
As três opções foram batizadas de "Go Big" [enviar mais tropas], "Go Long" [diminuir as tropas e mantê-las mais tempo] e "Go Home" [retirar as tropas].
De acordo com a proposta, a melhor opção seria um caminho híbrido entre a primeira e a segunda opções. Um aumento inicial das tropas seria de 20 a 30 mil soldados adicionais, além dos 140 mil já presentes no país, para conter a violência.
Após esse período inicial, haveria uma diminuição para 60 mil efetivos, segundo o documento.
Em visita à Indonésia, o presidente americano, George W. Bush, negou nesta segunda-feira que tenha tomado uma decisão de retirar as tropas americanas no Iraque ou enviar mais soldados ao país, dizendo que aguarda recomendações do Exército.
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