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25/02/2003
-
22h46
O tráfico de drogas na América do Sul está cada vez mais ligado a questões políticas e de segurança nacional, segundo o relatório da Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes da ONU (Organização das Nações Unidas) publicado hoje, em Viena (Áustria).
"Na Colômbia, os guerrilheiros e grupos paramilitares não apenas vendem proteção aos narcotraficantes, mas também controlam plantações e laboratórios para produzir drogas ilícitas, que muitas vezes são trocadas por armas", destaca o relatório.
O relatório adverte que "as organizações de narcotraficantes representam uma grave ameaça para a ordem pública de vários países" da região, incluindo o Brasil, "no momento em que o consumo de drogas parece aumentar em toda América do Sul".
O documento destaca que o cultivo da maconha aumentou em toda a América do Sul, que é o principal consumidor da droga. "Do total das apreensões de maconha na região, 50% ocorreram no Brasil e 25% na Colômbia".
Segundo a organização, é preciso reconhecer os esforços de diversos governos da América do Sul para neutralizar estes grupos, o que tem unido as autoridades de vários países, lideradas pelos Estados Unidos.
O exemplo mais claro é o Plano Colômbia, que "recebe apoio dos EUA e representa o esforço mais importante para reduzir a oferta de drogas ilícitas na América do Sul".
O órgão reforça que as medidas adotadas no Plano Colômbia estão sendo coordenadas com ações similares aplicadas pelas autoridades do Brasil, Bolívia, Equador, Panamá, Peru e Venezuela.
A Junta também aplaude a cooperação entre os diferentes países, concretizada sobretudo na Comissão Interamericana para o Controle do Abuso de Drogas (CICAD), que inclui o controle de substâncias químicas utilizadas no refino e a ampliação das fiscalizações nas fronteiras.
A organização salienta ainda as iniciativas legais de Venezuela e Chile para reprimir o tráfico de drogas e a lavagem de dinheiro, a organização criada pelo Paraguai para combater o tráfico de cocaína na região do Chaco e as novas leis de repressão ao narcotráfico adotas no Equador.
O relatório revela que a Colômbia continua sendo a principal origem das drogas ilícitas na região, principalmente da cocaína e heroína, que têm como principal mercado a América do Norte.
O documento destaca que, pela primeira vez em muitos anos, a superfície total de cultivo da coca foi reduzida, sendo de 144 mil hectares no final de 2001.
O órgão salienta ainda os esforços dos governos de Bolívia e Peru para erradicar os cultivos de coca, apesar da resistência interna, em especial dos pequenos agricultores.
O documento reconhece que praticamente todos os países da América do Sul, como produtores ou rota do tráfico de drogas, sofrem direta ou indiretamente com o narcotráfico.
O relatório também revela que a droga enviada aos Estados Unidos vai principalmente em contêineres de navios, enquanto o tráfico para a Europa é feito essencialmente com simples cidadãos, conhecidos por "mulas".
Leia mais
Produção de drogas sintéticas aumenta na Europa
Países consumidores se beneficiam mais
Narcotráfico na América do Sul é questão de segurança nacional
da France Presse, em Viena (Áustria)O tráfico de drogas na América do Sul está cada vez mais ligado a questões políticas e de segurança nacional, segundo o relatório da Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes da ONU (Organização das Nações Unidas) publicado hoje, em Viena (Áustria).
"Na Colômbia, os guerrilheiros e grupos paramilitares não apenas vendem proteção aos narcotraficantes, mas também controlam plantações e laboratórios para produzir drogas ilícitas, que muitas vezes são trocadas por armas", destaca o relatório.
O relatório adverte que "as organizações de narcotraficantes representam uma grave ameaça para a ordem pública de vários países" da região, incluindo o Brasil, "no momento em que o consumo de drogas parece aumentar em toda América do Sul".
O documento destaca que o cultivo da maconha aumentou em toda a América do Sul, que é o principal consumidor da droga. "Do total das apreensões de maconha na região, 50% ocorreram no Brasil e 25% na Colômbia".
Segundo a organização, é preciso reconhecer os esforços de diversos governos da América do Sul para neutralizar estes grupos, o que tem unido as autoridades de vários países, lideradas pelos Estados Unidos.
O exemplo mais claro é o Plano Colômbia, que "recebe apoio dos EUA e representa o esforço mais importante para reduzir a oferta de drogas ilícitas na América do Sul".
O órgão reforça que as medidas adotadas no Plano Colômbia estão sendo coordenadas com ações similares aplicadas pelas autoridades do Brasil, Bolívia, Equador, Panamá, Peru e Venezuela.
A Junta também aplaude a cooperação entre os diferentes países, concretizada sobretudo na Comissão Interamericana para o Controle do Abuso de Drogas (CICAD), que inclui o controle de substâncias químicas utilizadas no refino e a ampliação das fiscalizações nas fronteiras.
A organização salienta ainda as iniciativas legais de Venezuela e Chile para reprimir o tráfico de drogas e a lavagem de dinheiro, a organização criada pelo Paraguai para combater o tráfico de cocaína na região do Chaco e as novas leis de repressão ao narcotráfico adotas no Equador.
O relatório revela que a Colômbia continua sendo a principal origem das drogas ilícitas na região, principalmente da cocaína e heroína, que têm como principal mercado a América do Norte.
O documento destaca que, pela primeira vez em muitos anos, a superfície total de cultivo da coca foi reduzida, sendo de 144 mil hectares no final de 2001.
O órgão salienta ainda os esforços dos governos de Bolívia e Peru para erradicar os cultivos de coca, apesar da resistência interna, em especial dos pequenos agricultores.
O documento reconhece que praticamente todos os países da América do Sul, como produtores ou rota do tráfico de drogas, sofrem direta ou indiretamente com o narcotráfico.
O relatório também revela que a droga enviada aos Estados Unidos vai principalmente em contêineres de navios, enquanto o tráfico para a Europa é feito essencialmente com simples cidadãos, conhecidos por "mulas".
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