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27/10/2009 - 10h17

"Dama de Ferro" sérvia deixa prisão na Suécia após seis anos

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da Folha Online

A ex-presidente dos sérvios da Bósnia Biljana Plavsic, conhecida como "Dama de Ferro", foi libertada nesta terça-feira de uma prisão de segurança máxima na Suécia, onde estava detida desde 2003 por crimes de guerra, e já deixou o país.

"Biljana Plavsic foi levada esta manhã ao Arlanda [o aeroporto de Estocolmo]. Foi conduzida a um avião e sua detenção sueca terminou no momento em que subiu a bordo e deixou a Suécia", declarou Lars Nylen, diretor geral da autoridade sueca penitenciária.

Plavsic se beneficiou de uma libertação antecipada por ter cumprido dois terços da pena de 11 anos de prisão a que foi condenada pelo Tribunal Penal Internacional para a Antiga Iugoslávia (TPII), em Haia, chegará à tarde em Belgrado.

No mês passado, o TPII aprovou a libertação antecipada de Plavsic, que em 24 de outubro cumpriu dois terços de sua pena em uma prisão na Suécia.

De acordo com a lei sueca, o réu pode ser liberado por boa conduta quando já cumpriu dois terços da pena. A decisão coloca em liberdade uma das figuras políticas de mais alto escalão já condenadas pelo TPII. Como Plavsic não é cidadã sueca, ela precisou sair do país.

Plavsic, 79, entregou-se de forma voluntária à justiça internacional em janeiro de 2001, após ser acusada de crimes contra a humanidade por perseguir croatas e muçulmanos durante a Guerra da Bósnia (1992-1995) e pela participação na deportação e morte de milhares de pessoas na república separatista da Sérvia, em meados da década de 90.

Ela se declarou culpada do delito de perseguição por motivos étnicos, religiosos e políticos durante a guerra --uma estratégia para se livrar de outras acusações, incluindo genocídio.

A campanha violenta ordenada por Plavsic destruiu 850 vilas muçulmanas e croatas, além de matar 1.100 pessoas, segundo os promotores do caso. A destruição inclui ainda mais de cem mesquitas e sete igrejas católicas.

Considerada uma radical pelo ex-presidente sérvio Slobodan Milosevic --que morreu antes de receber sua pena pelo TPII--, Plavsic apareceu, em 1992, em uma foto na qual pisava em um cadáver de um bósnio enquanto beijava ao "senhor da guerra" sérvio Arkan.

Plavsic cumpre pena em Hinseberg, a única prisão de alta segurança da Suécia. Segundo o presidente da corte, Patrick Robinson, ela passa boa parte do dia cozinhando e caminhando.

Na época da escolha da prisão, críticos manifestaram preocupação com a possível libertação antecipada de Plavsic. Na época, o ministro da Justiça da Suécia, Thomas Bodstrum, disse que o governo poderia não seguir sua prática costumeira de conceder liberdade condicional depois do cumprimento de dois terços da sentença.

Com Reuters e France Presse

 

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