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Ataque de mísseis dos EUA mata ao menos três no Paquistão
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da Folha Online
Um avião não tripulado dos Estados Unidos atirou três mísseis na região do Waziristão do Norte, no Paquistão, matando ao menos três militantes, informaram oficiais da inteligência paquistanesa. O número de mortos pode ser maior e a agência de notícias Reuters fala em seis militantes mortos.
Os mísseis atingiram as zonas tribais do noroeste do Paquistão, reduto dos militantes do grupo islâmico Taleban e da rede terrorista Al Qaeda.
O ataque aconteceu na região de Dandey Darpa Khel, no distrito do Waziristão do Norte, onde também existem bases de retaguarda dos talebans afegãos. Segundo a imprensa paquistanesa, contudo, o alvo do ataque eram combatentes da rede insurgente Haqqani --considerada um dos grupos mais radicais dos fundamentalistas afegãos.
O ataque causou ainda um incêndio na região. "Nuvens grossas de fumaça ainda estão vindo da área", relatou um repórter da agência Reuters em Miranshah, cidade próxima ao local.
Os moradores disseram que os militantes isolaram a região e não permitem a aproximação de ninguém.
Na semana passada, uma ação similar matou Mohamed Haqqani, filho do líder histórico da facção, Jalaluddin Haqqani.
Nos últimos meses, os Estados Unidos aumentaram a frequência dos ataques com mísseis nas áreas tribais, a maioria deles registrados no Waziristão do Norte.
Fontes dizem que os EUA querem atingir outro filho de Haqqani, Sirajuddin Haqqani, que foi quem efetivamente assumiu o comando da facção militante.
Os militares americanos não confirmam ataques de aviões não tripulados, mas suas Forças Armadas e a CIA (agência de inteligência americana), que operam no Afeganistão, são as únicas que têm estas aeronaves na região.
Oficialmente, Islamabad nega que autorize os ataques de aviões não tripulados e chegou diversas vezes a criticá-los por ameaçar civis e romper com a soberania nacional. Fontes paquistanesas e dos EUA, contudo, afirmam que existe um consentimento tácito e que os serviços de inteligência dos dois países compartilham informação sobre os alvos.
Os agentes de combate ao terrorismo nos EUA veem nestes ataques uma forma eficiente de combater grupos terroristas e prejudicar suas operações, sem colocar em risco agentes do país.
Com poucas opções de ferramentas para enfrentar militantes escondidos em áreas tribais remotas e regiões montanhosas, o programa de aviões não tripulados encontra apoio no Congresso e foi significativamente ampliado no governo de Barack Obama --que já realizou mais destes ataques do que nos oito anos do governo de George W. Bush.
Com agências internacionais
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