Publicidade
Publicidade
21/04/2004
-
10h35
da France Presse, em Israel
O "espião nuclear" israelense Mordechai Vanunu, 50, que revelou ao mundo os segredos nucleares de Israel e foi acusado de traição, saiu na manhã desta quarta-feira da prisão de Shikma, em Ashkelon (sul de Israel), depois de passar 18 anos detido.
Em uma declaração lida à imprensa, Vanunu disse que estava "orgulhoso e feliz" de ter revelado os segredos nucleares de Israel e afirmou que o país não precisa de armas nucleares. Esta foi sua primeira declaração desde seu seqüestro pelo Mossad (serviço israelense de inteligência) e de sua detenção, em 1986.
Durante a entrevista, Vanunu, também pediu ao governo israelense que abra o reator nuclear de Dimona para as inspeções internacionais e denunciou as condições às quais foi submetido na prisão de Shikma, classificando-as de "cruéis e bárbaras".
Depois disse que "já não possui mais segredos", em resposta à justificativa das autoridades israelenses sobre as severas restrições que lhe impuseram após sua libertação. Segundo as autoridades, Vanunu tinha "segredos de Estado" cuja divulgação "colocaria em perigo a segurança de Israel".
Prisão
Em 1986, Vanunu foi condenado num julgamento realizado a portas fechadas por "traição", devido às informações que entregou sobre a central de Dimona, onde trabalhava, e as fotos que vendeu ao jornal britânico "Sunday Times".
Vestido com uma camisa branca de manga longa e gravata escura, Vanunu, que parecia estar em bom estado físico, saiu da prisão triunfalmente, com os braços levantados e fazendo com as duas mãos o "V" da vitória.
Cerca de 300 simpatizantes, em sua maioria estrangeiros, jogaram flores durante a passagem do veículo que transportava o ex-espião, enquanto extremistas de direita cuspiam em sua direção.
Vanunu, que se converteu ao cristianismo e mudou seu nome para John Crossman, afirmou querer viver nos Estados Unidos, o que será impossível no momento por causa das restrições impostas pelas autoridades.
Restrições
O ex-prisioneiro não pode sair de Israel durante um ano e, por seis meses, não poderá chegar perto de um porto ou um aeroporto, medidas que são renováveis. Por outra parte, deve informar à polícia sobre todos seus deslocamentos e pedir uma autorização prévia para reunir-se com estrangeiros.
Apesar de tudo e do fato de pertencer à região de Tel Aviv, Vanunu foi imediatamente à catedral São Jorge de Jerusalém oriental.
Em virtude da legislação de urgência do Mandato britânico que segue vigente em Israel, Vanunu pode sofrer uma detenção administrativa se violar as restrições.
Leia mais
Após 18 anos, Israel solta espião que divulgou segredos atômicos
Israel liberta "espião nuclear" após 18 anos de prisão
Publicidade
O "espião nuclear" israelense Mordechai Vanunu, 50, que revelou ao mundo os segredos nucleares de Israel e foi acusado de traição, saiu na manhã desta quarta-feira da prisão de Shikma, em Ashkelon (sul de Israel), depois de passar 18 anos detido.
Em uma declaração lida à imprensa, Vanunu disse que estava "orgulhoso e feliz" de ter revelado os segredos nucleares de Israel e afirmou que o país não precisa de armas nucleares. Esta foi sua primeira declaração desde seu seqüestro pelo Mossad (serviço israelense de inteligência) e de sua detenção, em 1986.
Durante a entrevista, Vanunu, também pediu ao governo israelense que abra o reator nuclear de Dimona para as inspeções internacionais e denunciou as condições às quais foi submetido na prisão de Shikma, classificando-as de "cruéis e bárbaras".
Depois disse que "já não possui mais segredos", em resposta à justificativa das autoridades israelenses sobre as severas restrições que lhe impuseram após sua libertação. Segundo as autoridades, Vanunu tinha "segredos de Estado" cuja divulgação "colocaria em perigo a segurança de Israel".
Prisão
Em 1986, Vanunu foi condenado num julgamento realizado a portas fechadas por "traição", devido às informações que entregou sobre a central de Dimona, onde trabalhava, e as fotos que vendeu ao jornal britânico "Sunday Times".
Vestido com uma camisa branca de manga longa e gravata escura, Vanunu, que parecia estar em bom estado físico, saiu da prisão triunfalmente, com os braços levantados e fazendo com as duas mãos o "V" da vitória.
Cerca de 300 simpatizantes, em sua maioria estrangeiros, jogaram flores durante a passagem do veículo que transportava o ex-espião, enquanto extremistas de direita cuspiam em sua direção.
Vanunu, que se converteu ao cristianismo e mudou seu nome para John Crossman, afirmou querer viver nos Estados Unidos, o que será impossível no momento por causa das restrições impostas pelas autoridades.
Restrições
O ex-prisioneiro não pode sair de Israel durante um ano e, por seis meses, não poderá chegar perto de um porto ou um aeroporto, medidas que são renováveis. Por outra parte, deve informar à polícia sobre todos seus deslocamentos e pedir uma autorização prévia para reunir-se com estrangeiros.
Apesar de tudo e do fato de pertencer à região de Tel Aviv, Vanunu foi imediatamente à catedral São Jorge de Jerusalém oriental.
Em virtude da legislação de urgência do Mandato britânico que segue vigente em Israel, Vanunu pode sofrer uma detenção administrativa se violar as restrições.
Leia mais
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice