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03/06/2005
-
17h25
da Folha Online
Agentes do FBI [polícia federal americana] ajudam a polícia libanesa nas investigações do assassinato do jornalista anti-sírio Samir Kassir, morto em uma explosão nesta quinta-feira.
Segundo fontes do governo, o Ministério da Justiça libanês pediu o auxílio dos Estados Unidos e da França para investigar a morte. Os agentes franceses devem chegar ao Líbano na noite de hoje. Kassir tinha cidadania libanesa e francesa.
De acordo com a emissora de TV Al Arabiya (Dubai), Giselle Khoury, mulher do jornalista assassinado, pediu uma investigação internacional sobre a morte de Kassir. Conhecida jornalista da emissora, Khoury estava nos Estados Unidos nesta quinta-feira, quando a explosão ocorreu.
No Líbano, há um grande ceticismo da população em relação à capacidade do Estado de investigar crimes políticos.
Uma equipe da ONU (Organização das Nações Unidas), enviada ao país para apurar as circunstâncias da morte do ex-primeiro-ministro, Rafik al Hariri, morto em uma explosão em 14 de fevereiro, afirmou que as investigações libanesas sobre o crime eram falhas.
Até o momento, ninguém foi apontado formalmente pela Justiça como responsável por uma série de atentados ocorridos em Beirute entre março e abril deste ano, que supostamente teriam ligação com a campanha anti-síria.
O primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, afirmou nesta quinta-feira que seu governo "não permitirá ameaças contra a segurança e a liberdade".
Morte
Samir Kassir, um dos mais proeminentes jornalistas libaneses e ferrenho crítico da Síria, foi morto nesta quinta-feira, após a explosão de uma bomba colocada em seu veículo no bairro cristão de Ashrafieh, onde morava.
Segundo o ministro do Interior libanês, Hassan Sabei, investigações iniciais indicam que a bomba foi colocada debaixo do carro e detonada por controle remoto. O jornalista escrevia uma coluna para o "An Nahar", um dos maiores jornais libaneses, que freqüentemente fazia críticas ao governo do país.
O atentado ocorre em meio às eleições parlamentares --as primeiras realizadas após a saída do Exército sírio do Líbano--,109 dias após o atentado que matou Hariri, e cinco dias depois do início das eleições legislativas libanesas.
A oposição, que culpa a Síria pelo assassinato, convocou uma greve geral nesta sexta-feira. Muitas escolas foram fechadas e outras suspenderam as aulas. Algumas lojas também estava, fechadas em Ashrafieh. No entanto, a convocação foi de última hora e poucos aderiram.
Homenagem
Nesta sexta-feira, centenas de jornalistas fizeram um minuto de silêncio no centro de Beirute, em homenagem a Kassir.
Vestidos com camisas brancas e com calças ou saias, após o silêncio, os jornalistas ergueram canetas para o céu e cantaram o hino nacional libanês.
Alguns manifestantes levavam cartazes com retratos de Kassir, onde lia-se a inscrição: "Mártir da independência".
Com agências internacionais
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Agentes do FBI [polícia federal americana] ajudam a polícia libanesa nas investigações do assassinato do jornalista anti-sírio Samir Kassir, morto em uma explosão nesta quinta-feira.
Segundo fontes do governo, o Ministério da Justiça libanês pediu o auxílio dos Estados Unidos e da França para investigar a morte. Os agentes franceses devem chegar ao Líbano na noite de hoje. Kassir tinha cidadania libanesa e francesa.
De acordo com a emissora de TV Al Arabiya (Dubai), Giselle Khoury, mulher do jornalista assassinado, pediu uma investigação internacional sobre a morte de Kassir. Conhecida jornalista da emissora, Khoury estava nos Estados Unidos nesta quinta-feira, quando a explosão ocorreu.
No Líbano, há um grande ceticismo da população em relação à capacidade do Estado de investigar crimes políticos.
Uma equipe da ONU (Organização das Nações Unidas), enviada ao país para apurar as circunstâncias da morte do ex-primeiro-ministro, Rafik al Hariri, morto em uma explosão em 14 de fevereiro, afirmou que as investigações libanesas sobre o crime eram falhas.
Até o momento, ninguém foi apontado formalmente pela Justiça como responsável por uma série de atentados ocorridos em Beirute entre março e abril deste ano, que supostamente teriam ligação com a campanha anti-síria.
O primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, afirmou nesta quinta-feira que seu governo "não permitirá ameaças contra a segurança e a liberdade".
Morte
Samir Kassir, um dos mais proeminentes jornalistas libaneses e ferrenho crítico da Síria, foi morto nesta quinta-feira, após a explosão de uma bomba colocada em seu veículo no bairro cristão de Ashrafieh, onde morava.
Segundo o ministro do Interior libanês, Hassan Sabei, investigações iniciais indicam que a bomba foi colocada debaixo do carro e detonada por controle remoto. O jornalista escrevia uma coluna para o "An Nahar", um dos maiores jornais libaneses, que freqüentemente fazia críticas ao governo do país.
O atentado ocorre em meio às eleições parlamentares --as primeiras realizadas após a saída do Exército sírio do Líbano--,109 dias após o atentado que matou Hariri, e cinco dias depois do início das eleições legislativas libanesas.
A oposição, que culpa a Síria pelo assassinato, convocou uma greve geral nesta sexta-feira. Muitas escolas foram fechadas e outras suspenderam as aulas. Algumas lojas também estava, fechadas em Ashrafieh. No entanto, a convocação foi de última hora e poucos aderiram.
Homenagem
Nesta sexta-feira, centenas de jornalistas fizeram um minuto de silêncio no centro de Beirute, em homenagem a Kassir.
Vestidos com camisas brancas e com calças ou saias, após o silêncio, os jornalistas ergueram canetas para o céu e cantaram o hino nacional libanês.
Alguns manifestantes levavam cartazes com retratos de Kassir, onde lia-se a inscrição: "Mártir da independência".
Com agências internacionais
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