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26/08/2005 - 08h18

Pedido de pastor comprova plano dos EUA, diz chanceler venezuelano

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da EFE, em Bariloche

O chanceler da Venezuela, Alí Rodríguez, disse nesta quinta-feira que o pedido do pastor americano Pat Robertson para "eliminar" Hugo Chávez acaba com qualquer dúvida sobre planos elaborados nos Estados Unidos contra o presidente venezuelano.

"Se alguém teve alguma dúvida sobre a afirmação que fazíamos sistematicamente de que círculos do governo norte-americano planejavam o assassinato de Hugo Chávez, essas dúvidas acabaram com as declarações de Robertson", afirmou Rodríguez.

Em declarações a jornalistas no início da reunião de chanceleres do Grupo do Rio, na cidade argentina de Bariloche, o chanceler disse que o pastor evangélico é "um personagem muito próximo ao presidente George W. Bush e de muita influência dentro da atual administração americana".

Robertson, fundador da Coalizão Cristã, qualificou na segunda-feira Chávez como "um perigo aterrorizante" para os EUA, e disse que "eliminar" o presidente era mais "barato do que ir a uma guerra" como a do Iraque.

"Não se sabe o que é pior: se essa afirmação ou a que ele fez posteriormente, na qual disse que não se referia ao 'assassinato' mas ao 'seqüestro'", destacou Rodríguez.

Em declarações feitas ontem em seu programa de TV The 700 Club, Robertson afirmou que tinha sido "mal-interpretado" em suas palavras. Ele explicou que se referiu ao fato de que forças especiais americanas poderiam "eliminar" Chávez, ação que "pode ser várias coisas, incluindo o seqüestro".

Rodríguez disse que foi "ainda pior" a posição do porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Sean McCormack, que ontem disse que as declarações de Robertson foram uma "imprudência".

O chanceler venezuelano afirmou que todas as legislações modernas no mundo, incluindo a americana, consideram um crime e condenam a incitação ao assassinato. Segundo ele, ao tratar-se de um delito de ação pública, um juiz deveria iniciar pelo menos uma investigação penal das declarações do pastor.

Rodríguez lembrou que Bush "insistiu que não só é terrorista quem participa de atos de terror, mas também quem encobre terroristas".

"Como ficamos, então, com a posição do governo americano diante da chamada a um ato tipicamente terrorista como o magnicídio?", perguntou o chanceler.

"Estas são coisas que requerem uma ação consistente por parte do governo americano", disse o ministro, que não descartou pedir ao Grupo do Rio e à Organização dos Estados Americanos (OEA) um pronunciamento sobre o incidente.

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