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29/03/2006
-
16h15
da Efe
da Folha Online
Após as eleições israelenses [ocorridas ontem] e palestinas [em janeiro último] ficaram definidos os nomes que tentarão solucionar o principal conflito no Oriente Médio. Ehud Olmert, líder do Kadima, partido vencedor das eleições israelenses, inicia neste domingo (2) negociações para formar uma coalizão de governo, que contará com o apoio de ao menos 70 deputados --das 120 cadeiras do Parlamento.
Do lado palestino, Ismail Haniyeh, que assumiu o cargo de primeiro-ministro nesta quarta-feira, deverá discutir a crise israelo-palestina ao lado de Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP) --embora este último queira insista em assumir as negociações com Israel, que para qualquer iniciativa de paz exige o fim de ações terroristas.
"Não há alternativa melhor que um acordo fundado em uma negociação baseada no reconhecimento mútuo, no plano de paz internacional [do Quarteto --formado por EUA, Rússia, união Européia e ONU], nos acordos existentes e, certamente, no fim do terrorismo e no desarmamento dos grupos terroristas", disse Olmert em seu discurso da vitória.
O primeiro ministro interino lembrou, no entanto, que se não for possível um acordo, Israel tomará a iniciativa de determinar unilateralmente suas fronteiras.
Rejeição
O possível unilateralismo de Israel já foi rejeitado por Haniyeh, líder do Hamas, partido político e grupo terrorista que conquistou a maioria do Parlamento as eleições janeiro. Ontem Haniyeh antecipou que qualquer solução unilateral que não reconheça "o direito legítimo dos palestinos a um Estado independente, e a Jerusalém como capital, será rejeitada por seu governo.
Olmert, assim como seus futuros sócios na coalizão, incluídos aí os trabalhistas e o Meretz, rejeitam qualquer possibilidade de diálogo com o Hamas enquanto estes não reconhecerem Israel e não se posicionarem do lado da legitimidade internacional mediante o abandono do terrorismo.
No entanto, a principal diferença entre o líder do Kadima e seus futuros parceiros mais pacifistas está no papel do presidente da ANP, Mahmoud Abbas.
Distinção
Olmert se recusa a fazer qualquer distinção entre o primeiro-ministro (Haniyeh) e o presidente da ANP (Abbas), ao passo que Amir Peretz, líder dos trabalhistas, e Yossi Beilin, do Meretz, vêem em Abbas um interlocutor legítimo. O mesmo acha Shimon Peres, o número dois na lista do Kadima.
Abbas, que hoje demonstrava certa preocupação na posse dos novos ministros do Hamas, pediu reiteradamente a Israel que dialogue com ele, uma vez que o sistema de governo palestino deixa as negociações de paz em suas mãos, e não nas do premiê palestino.
Olmert anunciou ao presidente da ANP que Israel está disposto a renunciar a uma parte da "amada terra" com a qual sonhou durante milênios. Porém, disse que espera "ouvir uma declaração semelhante da parte palestina".
"Esperamos uma declaração similar dos palestinos e que cumpram seu próprio sonho renunciando ao ódio e desenvolvendo sua própria democracia e um futuro de tranqüilidade", afirmou.
Esperança
A vitória de Olmert despertou certa esperança na comunidade internacional, que espera poder relançar as negociações de paz antes de Israel dar início a uma nova retirada unilateral, como fez em Gaza e parte da Cisjordânia, no ano passado.
A União Européia (UE) informou nesta quarta-feira que, como membro do Quarteto, está disposta a trabalhar com o novo governo israelense para promover a segurança e a paz.
"A UE está pronta, como sempre, para oferecer todo seu apoio neste processo", afirmou Javier Solana, alto representante de Política Externa e Segurança Comum do bloco.
Nesta quarta-feira, Solana ligou para o primeiro-ministro interino de Israel para parabenizá-lo pela vitória nas eleições e o animou "a seguir com todos os esforços direcionados a uma solução pacífica e negociada para o conflito".
A comissária européia de Relações Exteriores, Benita Ferrero-Waldner, disse que, "ao lado das recentes eleições palestinas, a votação em Israel influenciará nas perspectivas relativas a um avanço em direção a uma solução pacífica para o conflito israelo-palestino".
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da Folha Online
Após as eleições israelenses [ocorridas ontem] e palestinas [em janeiro último] ficaram definidos os nomes que tentarão solucionar o principal conflito no Oriente Médio. Ehud Olmert, líder do Kadima, partido vencedor das eleições israelenses, inicia neste domingo (2) negociações para formar uma coalizão de governo, que contará com o apoio de ao menos 70 deputados --das 120 cadeiras do Parlamento.
Do lado palestino, Ismail Haniyeh, que assumiu o cargo de primeiro-ministro nesta quarta-feira, deverá discutir a crise israelo-palestina ao lado de Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP) --embora este último queira insista em assumir as negociações com Israel, que para qualquer iniciativa de paz exige o fim de ações terroristas.
"Não há alternativa melhor que um acordo fundado em uma negociação baseada no reconhecimento mútuo, no plano de paz internacional [do Quarteto --formado por EUA, Rússia, união Européia e ONU], nos acordos existentes e, certamente, no fim do terrorismo e no desarmamento dos grupos terroristas", disse Olmert em seu discurso da vitória.
O primeiro ministro interino lembrou, no entanto, que se não for possível um acordo, Israel tomará a iniciativa de determinar unilateralmente suas fronteiras.
Rejeição
O possível unilateralismo de Israel já foi rejeitado por Haniyeh, líder do Hamas, partido político e grupo terrorista que conquistou a maioria do Parlamento as eleições janeiro. Ontem Haniyeh antecipou que qualquer solução unilateral que não reconheça "o direito legítimo dos palestinos a um Estado independente, e a Jerusalém como capital, será rejeitada por seu governo.
Olmert, assim como seus futuros sócios na coalizão, incluídos aí os trabalhistas e o Meretz, rejeitam qualquer possibilidade de diálogo com o Hamas enquanto estes não reconhecerem Israel e não se posicionarem do lado da legitimidade internacional mediante o abandono do terrorismo.
No entanto, a principal diferença entre o líder do Kadima e seus futuros parceiros mais pacifistas está no papel do presidente da ANP, Mahmoud Abbas.
Distinção
Olmert se recusa a fazer qualquer distinção entre o primeiro-ministro (Haniyeh) e o presidente da ANP (Abbas), ao passo que Amir Peretz, líder dos trabalhistas, e Yossi Beilin, do Meretz, vêem em Abbas um interlocutor legítimo. O mesmo acha Shimon Peres, o número dois na lista do Kadima.
Abbas, que hoje demonstrava certa preocupação na posse dos novos ministros do Hamas, pediu reiteradamente a Israel que dialogue com ele, uma vez que o sistema de governo palestino deixa as negociações de paz em suas mãos, e não nas do premiê palestino.
Olmert anunciou ao presidente da ANP que Israel está disposto a renunciar a uma parte da "amada terra" com a qual sonhou durante milênios. Porém, disse que espera "ouvir uma declaração semelhante da parte palestina".
"Esperamos uma declaração similar dos palestinos e que cumpram seu próprio sonho renunciando ao ódio e desenvolvendo sua própria democracia e um futuro de tranqüilidade", afirmou.
Esperança
A vitória de Olmert despertou certa esperança na comunidade internacional, que espera poder relançar as negociações de paz antes de Israel dar início a uma nova retirada unilateral, como fez em Gaza e parte da Cisjordânia, no ano passado.
A União Européia (UE) informou nesta quarta-feira que, como membro do Quarteto, está disposta a trabalhar com o novo governo israelense para promover a segurança e a paz.
"A UE está pronta, como sempre, para oferecer todo seu apoio neste processo", afirmou Javier Solana, alto representante de Política Externa e Segurança Comum do bloco.
Nesta quarta-feira, Solana ligou para o primeiro-ministro interino de Israel para parabenizá-lo pela vitória nas eleições e o animou "a seguir com todos os esforços direcionados a uma solução pacífica e negociada para o conflito".
A comissária européia de Relações Exteriores, Benita Ferrero-Waldner, disse que, "ao lado das recentes eleições palestinas, a votação em Israel influenciará nas perspectivas relativas a um avanço em direção a uma solução pacífica para o conflito israelo-palestino".
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