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21/02/2007 - 02h30

Violência



"Faço minhas as palavras do filósofo Renato Janine Ribeiro (Mais!,18/ 2), o qual, a despeito de opiniões contrárias da maioria dos nossos intelectuais, teve coragem de vir a público e se indignar contra o atual estado de impunidade, que dá guarida a crimes bárbaros como foi o do menino João Hélio.
Como se fez na maioria dos países desenvolvidos, a redução da maioridade penal e até a pena de morte são soluções a serem consideradas pelos nossos políticos numa eventual revisão do código penal e do ECA. Medidas diferentes só viriam a maquiar o problema."

SAMOEL LOURENÇO FERREIRA (Franca, SP)



"Coragem é assumir responsabilidades. E é o que falta para muitas pessoas neste país. E é uma das causas que contribuem para a situação de barbárie em que nos encontramos.
O professor Renato Janine Ribeiro colocou no papel o que muitos de nós pensamos e sentimos, mas, talvez para aparentarmos um verniz dito civilizado, não mostramos. Deixamos nosso superego falar mais alto, como se isso fosse sinal de superioridade cultural, emocional ou coisa que o valha.
Escondemos nosso instinto bruto, cruel, vingativo por trás da conversa de que a sociedade, representada pelo Estado, não pode se igualar ao assassino. Ora, como pode o Estado saber o que sentem e desejam o pai e a mãe dessa criança _ou de outra pessoa friamente executada_ para tomar medidas no lugar delas? Por que não deixar a elas decidirem o que fazer com os responsáveis pelo crime, uma vez que foram reconhecidos como tais, sem qualquer sombra de dúvida?
Não me pareceu, como disse ontem Vinicius Torres Freire, que o professor Renato 'propagandeou a idéia de que a desordem furiosa das razões deve ter lugar no debate público', e sim que deu a entender que prefere uma sociedade mais responsável pelos seus atos, mais corajosa em todos os sentidos, inclusive em assumir seus piores sentimentos e desejos diante do ocorrido e diante de si própria. Por que não?"

VANDERLEI DE SOUZA JÚNIOR (Ribeirão Preto, SP)




Impacto ambiental



¦"A reportagem 'Bolivianos criticam estudo ambiental e recusam projeto de usinas hidrelétricas' (Dinheiro, 16/2) menciona o fato de que 'o Ministério de Minas e Energia vem repetindo que não hevará nenhum impacto na Bolívia'. Infelizmente, o MME está enganado. Um impacto na Bolívia seria o bloqueio da migração dos grandes bagres, que é mencionado no EIA e no Rima. Há outro impacto importante que não consta no EIA-Rima: a formação de um remanso superior da segunda barragem (Jirau). A formação de um remanso superior é comum em hidrelétricas, e é especialmente provável no caso do rio Madeira, que é um dos rios com maior carga de sedimentos do mundo.
Quando a água de um rio entra no lago represado atrás de uma barragem, a velocidade da água diminui bruscamente. Com isso, os sedimentos mais pesados, como a areia, caem para o fundo logo no início do lago, formando um monte de sedimentos que continua a crescer e a avançar rio acima. Esse monte age como uma espécie de segunda barragem, elevando o nível da água no trecho do rio acima do lago propriamente dito. Já que o reservatório de Jirau é planejado para se estender exatamente até a divisa com a Bolívia, é lógico que essa elevação do nível afetará o lado boliviano, tanto no rio Madeira como no rio Abunã.
Os pareceres sobre o EIA-Rima, inclusive o meu, estão disponíveis no site do Ministério Público em Rondônia (http:// www.mp.ro.gov.br/web/ guest/ Interesse-Publico/Hidreletrica-Madeira)."

PHILIP MARTIN FEARNSIDE (Manaus, AM)




Gasoduto



"Tenho certeza de que a Petrobras terá projetos mais rentáveis e menos arriscados para investir do que o gasoduto da Venezuela. A construção dessa rede em nosso território significará um grande desgaste ao ambiente e também uma perda de soberania, uma vez que, mesmo que não queiramos continuar a consumir o gás venezuelano, teremos que manter, sem contrapartida, a servidão da tubulação.
¦Sem falar na submissão ao clima político e nada ético existente na América Latina. Espero que a Petrobras ache outros caminhos para se desenvolver."

JOSÉ GALVÃO DE FRANÇA (São Paulo, SP)




Amazônia



"Hélio Jaguaribe, com incontestável autoridade, adverte sobre o absoluto abandono da Amazônia pelo poder público ('Tendências/Debates', 19/2). Denuncia as 'gigantescas concessões territoriais a ínfimas populações indígenas, no âmbito das quais, principalmente sob pretextos religiosos, se infiltram as penetrações estrangeiras'. Quem não leu, deve ler e refletir. Até quando o poder público deixará 'ao deus-dará' a cobiça internacional sobre a incomensurável riqueza nacional? 'Nada é comparável ao absoluto abandono a que está sujeita a Amazônia. O que ocorre nessa área, 59% do território, é inacreditável'."

ALZIRA BARBOSA SIMÕES COELHO (São João del Rei, MG)



"Conheço bem os Estados da região Norte do país (à exceção de Roraima e Amapá), onde já estive inúmeras vezes. Havia muito não via argumentos tão antiquados e retrógrados comentando a 'ameaça' de internacionalização da Amazônia como os escritos pelo sociólogo Hélio Jaguaribe. Argumentos esses muito em voga na época da ditadura, com seus lemas grandiloqüentes, como 'integrar para não entregar', e com sua política baseada na abertura de grandes estradas ligando o nada a lugar nenhum. A herança? Estados inteiros entregues aos grileiros, às madeireiras ilegais e a exploradores de mão-de-obra infantil e/ou semi-escrava e de prostituição infantil.
Talvez isso seja razoável e o problema da Amazônia seja realmente os índios e suas grandes reservas."

ANDRÉ AUGUSTO JACINTO TABANEZ, agrônomo, mestre em ciências florestais e doutorando em ecologia florestal (São Paulo, SP)




Vôo 1907



"Parabenizo Eliane Cantanhêde pela excelente reportagem de 18/2 (Cotidiano). Foi de uma competência e de um profissionalismo a toda prova. A pergunta com que ela encerra o texto da página C1 é contundente: 'Por que o transponder estava inoperante?'.
Acrescentaria a sua pergunta: não são feitos check-ins entre torre e piloto em aeronaves particulares? Quando os vôos são autorizados, o que os controladores de vôo da torre confirmam com as aeronaves?
Eliane conseguiu passar, pelo menos para mim, que o que ocorreu foi uma tremenda falta de boa vontade do controlador de vôo que autorizou a partida do Legacy aliada ao desconhecimento dos pilotos do Legacy com o equipamento que estavam manuseando.
Se tivessem feito o check-in, teriam percebido que o transponder estava desligado."

LUIZ ADALBERTO DE ARAÚJO (Curitiba, PR)




Educação



"Desculpem-me a pergunta, mas acho que devo ser muito burra e não consigo entender sozinha.
Por que o governo investe tanto no ensino superior? Se faltam creches, se não há ensino de qualidade nos ciclos básico e fundamental, se muitas vezes falta até o espaço físico para estes alunos, que são obrigados a estudar em escolas caindo aos pedaços, se ainda temos um alto índice de analfabetismo, a ordem das coisas não estaria invertida? Afinal, a universidade completa só um ciclo de ensino e não vai resolver as insuficiências das fases anteriores da educação. A universidade 'para todos', a meu ver, deveria vir depois da 'escola (boa) para todos'."

CRISTINA AZEVEDO (Florianópolis, SC)
 

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