O personagem

France Presse
Charles Barkley

A pergunta de hoje
O colunista responde
Aconteceu na semana
Esporte em números
Veja na TV


PENSATA

Terça-feira, 25 de abril de 2000

O COLUNISTA RESPONDE

Melchiades Filho
     


"Acredito que o basquete brasileiro deve se dar mais valor. A liga feminina acaba em 29 de maio porque a WNBA começa nessa data. Será que as americanas se preocupam com nossa liga da mesma forma? Resultado, o Nacional dura apenas dois meses, quando o ideal seria pelo menos 90 dias. E eu me pergunto: como segurar os patrocinadores? Acredito que, em alguns anos, se nenhuma medida for tomada, as ligas brasileiras nao existirão mais. Um superabraço e parabéns pela coluna."
(Karina Valeria Rodrigues, Campinas, SP)

De fato, na teoria não faz sentido atrelar o calendário nacional ao da WNBA. Mas o que a CBB poderia fazer neste ano? Seria muito arriscado, um erro estratégico, organizar o Nacional sem a jogadora que é referência para o basquete brasileiro, caso da Janeth. Mas concordo com você que a duração do torneio deveria ser revista. Sim, ele é enxuto demais _não responde aos interesses do patrocinador e, sobretudo, não consegue seduzir o torcedor. A CBB deveria apressar os planos de "unificação" do calendário com as federações estaduais. Isso pelo menos atenderia às demandas dos patrocinadores, que poderiam trabalhar com um "ano de nove ou dez meses" de exposição. Um abraço para você e para a tropa do Campinas.



"Podemos ter este ano um jogador sul-americano escolhido na primeira rodada do draft da NBA? O argentino Juan Pepe Sanchez, de Temple, é o atual "media darling" aqui nos EUA, sendo comparado inclusive a John Stockton. Será a primeira vez? Será que algum dia teremos um brasileiro nesta situação?"
(Rogério Mendes, Salt Lake City, EUA)

Já vi Pepe Sanchez em ação cinco vezes, duas delas ao vivo em Philadelphia. É um armador inteligente, com boa visão de quadra. As comparações com Stockton, porém, acho que têm natureza "racial". Devem-se mais ao biótipo do que ao nível técnico _a exemplo do titular do Utah, Sanchez é branco, franzino, aparentemente lento e sem impulsão. Stockton foi escolhido em 16º lugar no ‘draft‘ de 1984. Pelo que me contam e pelo que tenho lido, dificilmente Sanchez vai emplacar o primeiro "round" (ele seria, sim, o primeiro sul-americano a fazê-lo...). Quanto à possibilidade de um brasileiro assinar com a NBA, acho que isso vai demorar um bocado. Não há jogadores jovens à vista com a compleição física e/ou estilo de jogo de um profissional. Veja o caso de Guilherme Joanoni, ex-Pinheiros, que hoje está na Espanha. É o mais talentoso de sua geração. Mas é pesado e não tem movimentação lateral suficiente para a posição (ala) em que seu estilo mais se encaixa.

 

Leia mais:


E-mail: melk@uol.com.br



Leia as colunas anteriores
:

18/04/2000 - Joalheria