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"Primeira Página" traz 223 capas com principais fatos em 90 anos da Folha
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DE SÃO PAULO
Se a informação circula em volume e velocidade crescentes, num número cada vez mais amplo de meios, a edição e a síntese tornam-se também mais vitais.
Em meio ao caos informativo da era digital, a Publifolha lança uma nova edição de "Folha de S.Paulo - Primeira Página", livro que celebra o espaço do jornal destinado a filtrar, resumir e hierarquizar a avalanche de notícias da véspera.
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O lançamento marca os 90 anos da Folha, completados ontem, e reúne 223 das capas mais importantes do jornal, nascido "Folha da Noite".
Coube ao colunista Vinicius Torres Freire revisar integralmente a obra, cuja edição anterior era de 2006.
Além de um novo projeto gráfico da capa (de Luciana Facchini Noleto) e da nova atualização, que vai até a eleição de Dilma Rousseff (edição de 1º.nov.2010), o livro traz primeiras páginas antigas jamais publicadas nas seis edições anteriores.
É o caso da de 20 de fevereiro de 1922, que noticia a Semana de Arte Moderna só num cartum de Belmonte.
Ou da passagem de cargo de Juscelino Kubitschek para Jânio Quadros em 1961.
Reprodução | ||
Reprodução de capas da Folha; à esquerda, falando sobre eleição de Obama e, à dir., sobre a eleição de Dilma |
Como escreve na apresentação do livro o diretor de Redação da Folha, Otavio Frias Filho, "é sobretudo na Primeira Página que o jornalismo interpela a posteridade, apresentando-se como rascunho da história".
As manchetes costumam focar o fato inesperado, muitas vezes trágico, que se impõe como notícia, ou a informação que, seja pela óbvia dimensão épica ou por decisão editorial, flerta com a chamada "grande história".
Assim, entre as capas recentes, surgem a crise global de 2008, os acidentes da Gol (2006) e da TAM (2007) e as eleições de Obama (2008) e de Dilma (2010).
Mas, aponta Torres Freire, aparece também "um fato que passou meio despercebido, mas que o jornal registrou [em manchete] e foi muito importante no sucesso do governo Lula: a dívida externa acabou em 2008".
Na avaliação do editor da Publifolha, Alcino Leite Neto, um passeio pelo livro revela a evolução de um Brasil pré-moderno, que aos poucos vai ganhando protagonismo. "Percebe-se, no andamento das notícias, a desprovincianização do país."
Ainda assim, há acontecimentos que, mesmo de relevância incontestável, não são captados pontualmente nas capas, caso da ascensão da China, para Torres Freire "provavelmente o fato político e econômico mais importante dos últimos dez anos".
"Não tem uma primeira página com a China, desse ponto de vista, e talvez seja impossível haver. Mas não é um livro de história. É uma espécie de álbum de fotografias de memórias selecionadas do que o jornalismo pode ou não fazer, com seus acertos, erros e deficiências."
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