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Espetáculo interage com arquitetura do Sesc

Na unidade Belenzinho, "Estudos para Claraboia" pode ser visto de três pontos distintos, inclusive de dentro da piscina

Estrutura do prédio moldou a coreografia da apresentação criada por Morena Nascimento e Andreia Yonashiro

Adriano Vizoni/Folhapress
Bailarinas do elenco de "Estudos para Claraboia"
Bailarinas do elenco de "Estudos para Claraboia"
MARCIO AQUILES DE SÃO PAULO

O espetáculo "Estudos para Claraboia" traz a verticalidade como conceito propulsor da dança.

Criada por Morena Nascimento e Andreia Yonashiro a partir da arquitetura do Sesc Belenzinho, na zona leste de São Paulo, a peça permite três diferentes perspectivas de apreciação.

Encenada no átrio central da unidade, onde o piso é transparente, a peça pode ser vista do andar de baixo -de dentro da piscina, que fica embaixo da claraboia-, do nível em que os bailarinos estão -no térreo-, ou das plataformas elevadas.

"De dentro da água, vemos a claraboia como uma tela, uma moldura para a cena. Do solo e dos andares acima, vemos as mudanças de figurino, a infraestrutura completa", diz Yonashiro.

A apresentação faz parte de um projeto estético burilado há três anos. Desenvolvido inicialmente como "Claraboia", estreou no Centro da Cultura Judaica em 2010.

Inspirada pela locação, Morena criou uma coreografia solo, onde o elemento decisivo era o ponto de vista da plateia, que assistia à dança de baixo para cima.

"As possibilidades de movimentos são subvertidas quando sabemos que o público irá assistir de baixo", explica. "Vemos as forças da gravidade atuando com mais intensidade."

A partir de então, a performance foi se adaptando aos locais de apresentação.

"No Centro da Cultura Judaica, acima da claraboia havia a vista do céu. Na Galeria Olido, o pé direito era bem baixo, e o público assistia deitado. Agora temos este espaço gigantesco", diz Yonashiro.

"São essas peculiaridades, aliadas às especificidades arquitetônicas, que foram mostrando os caminhos da coreografia", explica.

"Estudos para Claraboia" representa o ápice desse processo criativo. Além das dimensões ampliadas do local, o espetáculo não é mais um solo, agora conta com dez bailarinos.

"Tínhamos o desejo de experimentar este conceito com mais pessoas. Algumas partes são desdobramentos do que eu fiz anteriormente, experimentos de procedimentos desenvolvidos no espetáculo solo", explica Morena.

A coreografia é também bastante atrelada ao desenho de luz de André Boll, à trilha sonora executada ao vivo por Natália Malo e às constantes trocas do figurino idealizado por Lia Damasceno.


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