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DE SÃO PAULODe mulher para mulher
Empresárias formam 'irmandade' para conseguir novos clientes
Quando Camila Elizabeth Lopes, 31, precisa de um novo fornecedor para o seu bufê Erva Doce, o primeiro lugar em que procura é a Rede Mulher Empreendedora. "Damos preferência para elas. Se nenhuma do grupo faz o serviço, pedimos indicações."
Ela afirma que, em seis meses, conseguiu mais de dez clientes por essa rede, que é uma espécie de irmandade de empresárias. Elas se encontram na internet (em um site com 21 mil cadastradas e em um grupo fechado no Facebook, com 1.700) e também fisicamente, uma vez a cada bimestre.
A rede foi formada inicialmente por profissionais que passaram pelo curso 10.000 Mulheres, da FGV e da IE Business School (Espanha).
Para entrar, é preciso passar pelo crivo das moderadoras e ser empreendedora. E também seguir certas regras: cerca de 20 foram expulsas por fazer publicidade na página, o que é proibido.
Lopes conta que, por meio do grupo, contratou uma empresa para fazer seu site e uma outra para desenvolver um logotipo.
Além de negócios, também firmou parcerias. "Se alguém vai fazer uma palestra, vai precisar de um café, mas a pessoa não tem verba para um bufê. Como lá há clientes em potencial para mim, ponho o café na mesa em troca de divulgação."
A ideia é ampliar o "networking" e discutir empreendedorismo, explica a fundadora da rede, Ana Fontes, 46.
Ela faz questão de dizer que o objetivo não é só promover encontros, mas, sim, capacitar e orientar mulheres que queiram ter um negócio.
"Se alguma empresária está com dúvidas de finanças, por exemplo, ela escreve no Facebook pedindo ajuda e quem entende do assunto responde. A questão de uma pode ser a mesma de outras 40 que acompanham o post."
Fontes também tem seu negócio --é sócia de um espaço de "coworking" chamado MyJobSpce. Os encontros acontecem lá e costumam atrair cerca de 80 pessoas.