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Deixa que eu levo
DO EDITOR-ADJUNTO DE “CARREIRAS”Empresas iniciantes estão tentando fornecer ao mercado de transporte de cargas o mesmo que sites como Decolar.com fazem com o setor aéreo: permitir que clientes comparem preços e escolham a viagem mais adequada.
Em operação há um ano, a Sontra permite que companhias que precisam transportar uma carga façam cotações com diferentes transportadoras pela internet.
O sistema agrega as diferentes opções de frete de 300 transportadoras de portes médio e grande e 3.000 companhias pequenas, com até dez caminhões.
O Brasil tem 134 mil companhias de transporte de carga, com um total de mais de 1 milhão de caminhões, de acordo com registro da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres).
"A gente funciona como uma transportadora sem caminhões, porque assumimos responsabilidade pela carga. Toda a negociação é feita conosco", afirma o espanhol Federico Vega, 31, presidente-executivo da Sontra.
A empresa fica com uma porcentagem que varia entre 3% e 10% do valor do frete e cobra entre 1% e 1,5% de seguro pelo valor da carga. O faturamento é de cerca de R$ 180 mil por mês.
O negócio recebeu aporte de R$ 750 mil de investidores individuais e fundos.
A Cargobr, outra empresa iniciante que atua no setor, também começou fazendo cotações automáticas de frete, mas decidiu dar um passo atrás.
"A transportadora tinha de atualizar muitas informações constantemente no sistema, como o caminhão que iria fazer a rota, a disponibilidade e o preço. Acabava gerando problemas de 'overbooking'", conta Rodrigo Palos, 25.
Agora, o cliente cadastra a carga que deseja transportar e as empresas de transportes dão lances, em uma espécie de leilão, para fazer o serviço -a Carbobr fatura ao cobrar entre 5% e 10% do valor do frete.