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Vinhos

O prazer de beber sem altas viagens

O preço da fama

O reconhecimento da qualidade fez com que Bordeaux se tornasse símbolo de vinhos caros e inacessíveis

ALEXANDRA CORVO

Tudo na vida tem seus prós e contras, não fui eu quem inventou essa regra.

Regiões famosas de vinho podem ter a seu favor o peso do nome. A região de Bordeaux é um exemplo claro disso. Só precisamos dizer seu nome e narizes, papilas gustativas, corações e almas apaixonadas por vinho dão uma tremidinha emocionada.

O lado ruim disso? A fama tem um preço. E geralmente quem paga somos nós, os apaixonados. O reconhecimento de uma certa constância na qualidade fez com que Bordeaux e suas comunas se tornassem símbolos de vinhos caros e inacessíveis.

Um desvio nas rotas já batidas da região e, de repente, pequenos paraísos vinícolas, de nomes obscuros e sabores vibrantes, nos esperam.

Não é difícil achar esses vinhos. Basta uma alma curiosa e um carro bom de curvas para conversões repentinas.

Falo das áreas marginais em volta de Bordeaux. Elas pertencem à região, mas como têm nomes menos conhecidos, muitas vezes, não prestamos atenção a seus vinhos.

Graves, ao sul da cidade de Bordeaux, acabou ficando à sombra da mais prestigiosa Pessac-Lèognan. Seus vinhos mantêm a qualidade e a firmeza dos produzidos nos famosos solos pedregulhosos que dão nome à região.

Do outro lado da Gironde, às margens dos rios, e também dos grandes nomes, estão Blaye, Bourg, Sainte Foy, Côtes de Francs e a fenomenal, Fronsac, onde Carlos Magno construiu um forte para proteger a população das invasões bárbaras.

A pouca fama de seus nomes faz com que seus produtores cuidem muito dos produtos para que tenham qualidade (e futuramente, fama), mas com preços atrativos.

Não, eles não são bara- tinhos. Ainda estamos falando de Bordeaux. Mas são ótimos exemplares com preços razoáveis.

CHÂTEAU RENARD MONDÉSIR 2007 (Fronsac)
Encorpadão no estilo clássico bordalês, taninos firmes, ótima frutosidade
QUANTO R$ 100
ONDE Tastevin (tel. 0/xx/21/2633-8866)

CHÂTEAU DE MAUVES 2009 (Graves)
Mais delicado, com um toque de cedro no nariz. Boca fresca de taninos sequinhos
QUANTO R$ 74
ONDE Zahil (tel. 0/xx/11/3071-2900)

PETIT CHAMP 2010 (Sainte-Foy Bordeaux)
Toque de pimenta, flor seca e fruta. Boca redonda, final tânico, com um toque de café
QUANTO R$ 75
ONDE De la Croix (tel. 0/xx/11/3034-6214)

CHÂTEAU LA CROIX DE CABUT 2009 (Côtes de Blaye)
Floral, lembra incenso. Tânico, mas frutado, final lembra chá-preto
QUANTO R$ 63,48
ONDE Mistral (tel. 0/xx/11/3372-3400)


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