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'É como se chef estivesse recebendo na casa dele', afirma organizador

No centro judaico, onde ocorre um dos projetos pop-up, só um balcão separa cozinha dos clientes

Apesar do caráter itinerante, jantares em São Paulo não têm preço baixo: custam de R$ 70 a R$ 150

DE SÃO PAULO

"Nos últimos 20 anos, se você quisesse ser um bom chef deveria ter estrelas 'Michelin', como Gordon Ramsay, e usar talheres de prata. Quando os pop-up surgiram, ajudaram na tarefa de mostrar que comida não é apenas alta gastronomia."

Quem diz é Isaac McHale, integrante dos Young Turks, sobre o movimento que, em Londres, começou há cerca de cinco anos.

A chance de lançar alternativas informais em São Paulo atraiu a cozinheira mexicana Lourdes Hernández a participar do projeto Pop Up Restaurant. "Temos alguns restaurantes frios e armados demais, onde as pessoas não conseguem se sentir em casa", afirma ela, que vive na cidade desde 2001.

A série de jantares começou na semana passada e, por mais um mês, apresenta outros 13 chefs, entre eles Wagner Resende (do Chef Rouge). Depois disso, muda a programação e o endereço.

No "salão" desse pop-up, no Centro da Cultura Judaica, apenas um balcão estreito separa a cozinha em que os chefs irão cozinhar da longa mesa comunitária onde se acomodam os comensais. Das cadeiras, há uma privilegiada vista das avenidas Sumaré e doutor Arnaldo.

"É como se os chefs estivessem recebendo em suas casas. Essa é a acessibilidade que existe em um pop-up: a proximidade com os clientes", explica Alex Tessitore, um dos organizadores.

Tessitore não é novo no ramo. Em 2009, promoveu o Dinner in the Sky, quando mesas foram suspensas por guindastes para jantares nas alturas em São Paulo.

QUANTO VALE?

Além de chefs, grandes marcas também descobriram em restaurantes pop-up uma fórmula de sucesso. Um exemplo é o Cube, uma estrutura metálica instalada em topos de edifícios. Rodou a Europa com um patrocínio.

A versão londrina fez tamanho sucesso que teve permanência estendida até dezembro deste ano. Os preços da refeição giram em torno de £200 (R$ 640).

Mas esse é um caso atípico. Com frequência, os pop-up foram o modo encontrado por jovens chefs para ganhar exposição sem gastar muito e sem cobrar altos valores.

No Brasil, os preços não são baixos, mas tampouco estão à altura do Cube. Uma experiência na cozinha itinerante de Despirite custa R$ 150. As intervenções no seu evento -como música ao vivo- encarecem um pouco a conta, segundo ele.

Já Tessitore montou uma escala de valores para os jantares, com duas entradas, prato principal e sobremesa.

Os mais baratos, às quintas, custam R$ 70 e sobem para R$ 90 às sexta e sábados. (MARÍLIA MIRAGAIA)


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