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João de Scantimburgo (1915-2013)

Elegante e erudito, tinha paixão pela França

DE SÃO PAULO

Quando os amigos do jornalista e escritor João de Scantimburgo falam sobre ele, geralmente empregam duas palavras: elegância e erudição.

A elegância era visível no trato com todos que o cercavam. A erudição, em sua vasta bibliografia: escreveu sobre história ("O Destino da América Latina"), filosofia ("A Extensão Humana"), a França, uma de suas paixões ("O Brasil e a Revolução Francesa"), e muitos outros assuntos.

Scantimburgo nasceu em Dois Córregos (SP), em 1915. Mudou-se para São Paulo em 1940, onde fez mestrado em economia e doutorado em filosofia e ciências sociais.

Foi diretor do grupo Diários Associados e presidente da extinta TV Excelsior.

Ocupava a cadeira nº 36 da Academia Brasileira de Letras (ABL), para a qual foi eleito em 1991. Dirigiu por muitos anos a "Revista Brasileira", editada pela academia.

"Era extremamente gentil. Um cosmopolita que admirava sobretudo a cultura francesa", conta a escritora Nélida Piñon, também da ABL.

O escritor ficou viúvo duas vezes. Sua segunda mulher foi a condessa polonesa Anna Teresa Maria Josefina Tekla Edwige Isabella Lubowiecka, com quem viveu do começo dos anos 1960 até a morte dela, em 2003.

"Formavam uma casal elegantíssimo. Lembro que ela adorava usar luvas negras de seda", relembra Piñon.

Scantimburgo sofria de diabetes e estava bastante debilitado nos últimos anos. Morreu em uma clínica de repouso de São Paulo, de complicações da doença, na madrugada de ontem. Não deixa filhos. O corpo do escritor será sepultado hoje, às 12h, no cemitério São Paulo.


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