Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Cotidiano

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Engenharia e arte

Escola Politécnica da USP vai ganhar um laboratório de inovação, espaço para desenvolver tecnologia e inspirar em projetos de artistas da universidade

AMANDA KAMANCHEK DE SÃO PAULO

Fotografias, esculturas e robôs vão passar a conviver com os estudantes da Escola Politécnica da USP (Universidade de São Paulo) em meados de 2015. Até lá, a Poli deve ganhar um laboratório de inovação pioneiro no país, projetado para que alunos da universidade possam inventar produtos tecnológicos arrojados. O projeto de arquitetura de Ruy Ohtake está em fase de finalização. Mas o principal está definido: a praça central do edifício terá de pequenos protótipos feitos pelos alunos de engenharia a exposições de arte e lançamento de livros.

"O objetivo é estimular os alunos a inovar. A experiência mostra que, ao entrar em contato com a arte, os engenheiros se tornam mais criativos", diz José Roberto Cardoso, diretor da Poli.

No subsolo, haverá uma oficina, para projetos que incluem laminação, solda e pintura. O segundo andar será ocupado por um ateliê e a cobertura abrigará um amplo auditório. Ohtake, que já projetou de prédios redondos a hotel em forma de melancia, afirma que "o novo edifício é um incentivo à audácia".

POLO CRIATIVO

O laboratório surge num momento em que o Brasil quer se destacar como um desenvolvedor de tecnologia, "mas, para se tornar um polo criativo, precisa de um espaço forte de realização e investimento", diz o arquiteto.

"Vamos criar um lugar para os alunos inventarem novos produtos, desde um simples liquidificador com um desenho contemporâneo até um trator, que sirva para a nossa agricultura."

O edifício de quatro andares será na Cidade Universitária, no espaço entre o prédio da administração da Poli e o da engenharia civil -hoje um estacionamento.

Com 9.000 metros quadrados e custo estimado em R$ 20 milhões, este é o primeiro laboratório de inovação coordenado por uma universidade brasileira, diz Cardoso.

"Várias universidades americanas de ponta já têm laboratórios de invenção. Talvez o MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) tenha sido o primeiro a ter um", afirma o diretor da Poli.

O local atenderá alunos de graduação das engenharias e também de outras unidades da USP -áreas como design, arquitetura e artes plásticas.

Atualmente, para desenvolver grupos de estudo, os estudantes acabam ocupando salas vazias fora do horário de aula. Para o diretor da Poli, faltam, além de equipamentos, pessoas que acreditem e invistam nos alunos dentro da universidade.

"Hoje, temos vários grupos que pesquisam carros para competição, aerodesign e robôs de todos os tipos. Nosso objetivo é multiplicar a infraestrutura para esses alunos que gostam de inventar."

O diretor diz que os equipamentos de ponta podem ser oferecidos por empresas interessadas nos projetos.

"Softwares de simulação e impressoras tridimensionais, por exemplo, têm de estar à disposição dos estudantes. E, aí, eventualmente, fica por conta dele [do aluno] ficar rico", brinca.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página